Coisas Boas em Alta
  • Histórias em Alta

    John Le Carré

    John le Carré, o autor britânico escreveu romances inesquecíveis de espionagem ,muitos adaptados ao cinema. O autor, cujo nome real era David Cornwell, nasceu em 1931 em Poole, Inglaterra, tendo estudado em Berna, na Suíça, e também na Universidade de Oxford, em Inglaterra. Trabalhou durante vários anos nos serviços secretos britânicos e publicou em 1961 o seu primeiro livro, “Chamada para a Morte”, a que se seguiram as obras “Um Crime Quase Perfeito” e “O Espião que Saiu do Frio”. Ao longo da sua vida escreveu mais de duas dezenas de romances, vários dos quais seriam adaptados ao cinema, como “O Alfaiate do Panamá”, “O Fiel Jardineiro”, “A Casa da Rússia” e “A Toupeira”. Um escritor activo assumia o seu desencanto com o mundo e com a continuação do poder das elites. Palavras dele: “Não consigo encontrar a esperança neste momento. Continuo à procura dela para perceber onde é que…

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    Assassino do Zodíaco

    O “Assassino do Zodíaco ” aterrorizou a Califórnia nos anos de 1960 e 70. Divulgou mensagens encriptadas para provocar as autoridades, que nunca o conseguiram identificar. Uma das mensagens foi agora revelada. Foram precisos 51 anos e equipas de especialistas de três países para descodificar uma mensagem encriptada do “serial killer” conhecido como “Assassino do Zodíaco”.  O descodificador David Oranchak revelou pela primeira vez a mensagem enviada pelo assassino: “Espero que se estejam a divertir muito a tentar apanhar” Esta é a segunda mensagem do “Assassino do Zodíaco” que é descodificada. A primeira foi rapidamente entendida por um casal local. Assim como o texto agora revelado, também o primeiro serviu apenas para aterrorizar e provocar. Revela pouco sobre quem era o assassino – apenas o motivo sinistro por detrás dos crimes: “Gosto de matar porque é muito divertido”. O “Assassino do Zodíaco” está associado a cinco homicídios na Baía de…

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    Os amores de uma vida

    Vou-vos contar as 3 melhores coisas que aconteceram na minha vida. Estava eu sentado á porta do Liceu Camões, tinha 15 anos, quando entrou uma menina que me chamou a atenção. Olhos grandes, olhos azuis, corpo torneado, grande e generoso. Nesse momento pensei que queria que ela fosse minha namorada. Durante para aí um mês meti conversa, disse os maiores disparates que consegui e sorri para ela. Dia 12-5-1980, já tinha feito 16, beijei-a e ela beijou-me a mim. Foi o meu 1º amor, acabámos separados porque fomos burros. Muitos anos depois, já eu tinha 40, eu era pai de um menino e uma menina, (e ainda bem que era), estava a trabalhar recentemente não digo aonde quando entrou uma colega que eu não conhecia visto que ela tinha estado de férias. Senti um baque, foi como se o coração parasse, vi a mulher mais bonita do mundo, soube naquele…

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    As gorilas

    As gorilas Quem nunca tentou fazer o maior balão de sempre com um Super Gorila? A histórica marca portuguesa continua a ser fabricada nos arredores de Lisboa na fábrica Lusiteca. Pasme-se mas são feitas 5 toneladas de pastilhas por dia na fábrica com cerca de 40% que vai para exportação. Eu gostava de saber como é feita a Gorila, mas só consegui saber que a receita é um segredo que nunca saiu de portas e nunca foi alterada. “É muito simples: é juntar glicose com açúcar, goma, essência e um ou outro segredo”, brinca o dono da fábrica. Em 1975 nasce a Gorila, sucesso que em 1981 dá origem às famosas Super-Gorila, vendidas em embalagens de cinco unidades e muito maiores. Com as Super Gorilas foram batidos todos os recordes de tamanho de balões. Não havia criança que não tentasse mascar mais do que uma pastilha ao mesmo tempo. Em…

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    Jardim das Pichas Murchas

    Muitas gargalhadas e fotografias já teve a Placa do Jardim das Pichas Murchas que está fica localizada no Bairro do Castelo. Os turistas ficam deliciados quantos os guias traduzem o nome da placa e parece que é uma romaria para verem a placa. Não é um jardim e é um espaço pequeno, não tem nada de murcho ou que possa murchar. Mas em tempos este pequeno largo na Rua de São Tomé, juntava a terceira idade do bairro em tertúlias. Um calceteiro, chamado Carlos Vinagre, começou a chamar aquele sítio o jardim das pichas murchas, dada a quantidade de velhos que não tinham actividade sexual e por isso ficavam por ali sentados a jogar à sueca e a contar as duas recordações de aventuras de quando eram novos. O nome pegou, e todos homens e mulheres estão de acordo ,e nem mesmo uma tentativa da Junta de Freguesia de mudar…

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    Green Hill

    Quem dançou no Green Hill levante o dedo. A discoteca Green Hill, que fica na Foz do Arelho marcou gerações, e hoje é uma autêntica ruína. De Lisboa saíam carros e motos rumo ao Green Hill. Fazia parte da romaria dos anos 80, que não tinha medo de fazer quilómetros até às discotecas, nem de soprar o balão da policia. Hoje não passa de um esqueleto de betão. Foi em 1980 que o Green Hill abriu portas, num sítio ermo, mas numa colina perto do mar. Um projecto que viria a ser um sucesso. O filho do dono , Ricardo Romão, também era DJ destacado. O episódio mais trágico desta história ocorreu numa madrugada de Setembro de 1996 quando Luís Romão foi baleado num assalto a saída do Green Hill com as receitas da noite, tendo ficado incapacitado. Os donos costumavam dizer que durante 30 anos só houve um fim-de-semana…

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    O Banco

    Tinha lido sobre um Banco onde ninguém se senta no Viaduto Pacheco Pereira e lá fui investigar e a pergunta impõe-se: O que faz um banco no meio do nada, entre uma arriba e uma das estradas mais movimentadas de Lisboa? Quem passa pelo Viaduto Duarte Pacheco, antes de chegar às bombas de gasolina das Amoreiras, já teve ter feito essa pergunta várias vezes, a olhar para este mobiliário urbano, virado para a parede como estivesse de castigo. Para que serve o banco afinal? É simples: para sentar. Quem? As pessoas que vieram passear para esta zona semi-ajardinada entre uma estrada de seis faixas e uma escarpa. E por que raio alguém há de querer vir passear para uma zona verde entre uma via rápida e um calhau? Por causa do calhau. E temos de recuar 97 milhões de anos atrás, altura em que o mar chegava ali. Vivia-se no…

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    Excursões da Pandeireta

    Quem não tem dinheiro para viajar de avião e fazer férias “a larga”, há um conceito de viajar em autocarros, económico e onde as pessoas passam rapidamente de desconhecidos a quase amigos. Eu já experimentei e fiquei logo com a ideia que o que era preciso é aproveitar tudo. Temos de acordar cedo, dorme-se por isso pouco e visita-se tudo. Desde um pelourinho que ninguém ouviu falar, até umas árvores que são centenárias temos de ver tudo e sair e entrar da camioneta uma série de vezes. As refeições são sagradas e aí passa-se pelo menos, 2 horas a mesa. Depois do almoço são kms a andar de camioneta e quase toda a gente faz uma sesta, até que chega a altura das cantorias onde saem dos sacos umas pandeiretas e então é cantar até fartar. Segue-se o Jantar e ainda há um passeio pela cidade para quem tem pernas.…

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    Joana Vasconcelos

    A mais conhecida criadora portuguesa de arte contemporânea, nasceu em Paris em 1971. Direta e informal, gosta de comentar as críticas, assume-se marxista e revela o gosto pela astrologia. Tem uma imensa obra que não nos deixam indiferentes e são obras provocadoras grandes e luminosas. Uma das mais provocantes é a deslumbrante “Noiva”. Reconhecível à distância, um imponente lustre exibe uma cândida cascata de pendentes brilhantes. Mais próximos, surpreendemo-nos. Os milhares de pendentes, que julgávamos vidros ou cristais brilhantes, são afinal imaculados tampões higiénicos femininos. Compreendemos agora que o brilho resulta dos reflexos sobre os plásticos transparentes que envolvem os milhares de tampões d’A Noiva. Esta obra foi impedida de ser exibida no Palácio de Versailles por ser feita de tampões. Eu quando vi a obra a entrada da Exposição do Museu Berardo fiquei de boca aberta. Pessoalmente, se não conhecesse a história, nem sequer me aperceberia que aqueles pequenos…