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Gulosos Anônimos – The Wine Company
Para fazer uma introdução a este novo texto, tenho de confessar, que se houvesse um grupo de reflexão sobre doces e doçarias, seria com certeza um membro-fundador, ou quiçá um membro-honorário. Passando ao que interessa, não sei se é defino ao confinamento, ou devido ao ausência de convívio entre pessoas, o que é facto é que quase todos os dias me dá vontade de comer doces, sobretudo uma sobremesa a seguir à refeição. De todas elas, talvez a que goste mais, seja uma sobremesa com origem em Goa, e que dá pelo nome de bebinca. Já comeram uma bebinca fresquinha e bem feita? Que maravilha!!! É mesmo uma experiência transcendental. Ora sendo uma sobremesa que leva cerca de 20 ovos e um kilo de açúcar, e que depois de pronta, fica com mais de dois kilogramas, podem já imaginar a “bomba” que não é… Ora para quem não sabe, este…
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O branco da casa Relvas
Quando recebi o convite para provar o Herdade de São Miguel Branco, fiquei muito entusiasmado, isto porque o Tinto, é um dos meus vinhos correntes favoritos. Por isso a fasquia já ia alta. Vinho aberto, na temperatura ideal, como se quer a um bom vinho branco, deixamos arejar por uns minutos, de forma a que se liberta-se todo o potencial do vinho. Vinho servido, e depois dum primeiro trago, logo se libertou o aroma a frutos tropicais, com uma cor amarela em tons citrinicos. É um vinho encorpado, ligeiramente ácido e com um aroma final prolongado. Gostei, embora para ser sincero, não me entusiasme tanto como o tinto da mesma marca. Excelente para beber ao fim do dia, numa esplanada e com uma boa companhia. Se preferir, pode acompanhar um bom peixe grelhado, ou um marisco. Aprovado!!
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Soalheiro
Não me cai bem…mas caiu!!! Aceitando um convite para cozinhar em casa de um amigo, o prato escolhido foi arroz de búzios. Não sei, mas tenho para mim, que o arroz de búzios, está no top dos pratos preferidos deste meu amigo. Era para mim uma responsabilidade porque, confesso nunca tinha feito tal prato. Ainda por cima não podia falhar porque ele preparou este jantar com todo o requinte. Quando digo requinte, passo a explicar…de entrada um patê fenomenal, acompanhado de tostas, um queijo alentejano líquido, de comer à colher…e para acompanhar a confecção do prato principal, um vinho especial. Quando olhei para a garrafa, torci o nariz, porque olhei para o rótulo e li…vinho alvarinho. E porquê? Porque sempre que bebo vinho verde, este não me cai bem…até hoje!! Que surpresa, este vinho de nome Soalheiro, do ano 2020. Servido num bom copo de vinho branco, este estava na…
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Jantar em confinamento
E quando somos surpreendidos à última da hora, por um convite de um amigo para jantar? Eu sei que estamos em confinamento e dever de recolhimento, mas somos colegas de trabalho, estamos juntos todos os dias, e mais importante, fomos testados à Covid, no dia anterior, com resultados negativos. Funciona mais ou menos como se fosse take-away!!!E agora? Não tenho nada em casa para levar, como é que me vou “desenrascar”? Nada como passar num supermercado perto de si, neste caso o Continente, que está actualmente com a sua habitual “Feira de Vinhos e de Fumeiro”.e estamos safos! Ora bem, este meu amigo, só bebe bons vinhos, é apreciador, sobretudo de vinhos do Douro, e, portanto, não posso ficar mal visto. Vamos lá percorrer a vasta oferta, e melhor ainda, aproveitar as promoções desta Feira. Prateleiras percorridas, chamou-me a atenção este vinho que vos falo hoje, por haver só 3…
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Mimos
Sabem aquele dia em que as coisas correm bem, e dizemos para nós próprios, “hoje merecemos um mimo”? E hoje foi dia de mimo!!! Para quem não leu os meus post’s anteriores, vou resumir aqui para não ser muito entedioso… Em Portugal, há três escolas de sushi…os discípulos do Aya, do Tomo, dos brasileiros…e a do Paulo Morais, vá… Desta vez escrevo dos discípulos do Aya! Começando pelo título deste post, tenho de começar pelo princípio. Não sei porquê, mas hoje foi daqueles dias em que temos de nos mimar, mesmo em confinamento!!! E, vai daí, com o que é que nós podemos mimar de melhor…em casa??? Com um bom petisco…em casa. Navegando nas redes sociais, descobri que a Taska Come, na Rua da Madalena, estava a promover um kumshi acabado de fazer… Para quem não sabe, kumshi é uma couve fermentada com uma série de legumes orientais que não…
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Hot Hot Hot
Seus malandros(as), não é o que estão a pensar… Hoje vamos falar de comida picante!! Tenho um amigo que é fã de comida picante, e sobretudo dum prato, que nunca tinha ouvido falar, e que já vamos…provar. O prato chama-se Balchão e é um prato tradicional da cozinha Indo-Portuguesa, de Goa, Damão e Diu, outrora pertencentes ao Estado Português da Índia. Trata-se de um prato confecionado com “Balichão”, condimento oriundo da culinária de Macau, preparado com camarões e malaguetas, entre outros. O termo goês Balchão, deriva do termo macaense Balichão. Se o quiser fazer em casa (o que não aconselho) vai precisar de 50(!!!) malaguetas, 1 cabeça de alhos grande, 20 cravinhos, 1 colher de chá de pimenta em grão, 5 cm de Açafrão das Índias, 1 colher de chá de cominhos, 1 colher de chá de canela, 2 colheres de sopa de tamarindo, 1 colher de sopa de açúcar,…
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influencers
Com o aparecimento das redes sociais, naturalmente aparecem outros fenómenos decorrentes da utilização das mesmas. Desta vez decidi debruçar-me nos “influencers”, que mal traduzido para português, quer dizer líderes de opinião. E o que precisas ser, ou ter, para seres um “influencer “??? Nada!!! Ou melhor, seguidores ou likes. Não precisas de ter uma capacidade onde sejas admirado, nem precisas de te destacar em nenhuma área política, desportiva, cultural, ou outra…nada! Só precisas de dizer umas baboseiras, ou meia dúzia de lugares comuns, “et voilá”, parabéns, já és um(a) influencer. É claro que não podemos generalizar tudo e todos! Alguns ou algumas, tem de facto algo a acrescentar, mas de quase todos(as) as que conheço, apenas mostram aos seguidores, o seu dia-a-dia, mostrando muitas vezes a sua privacidade e ás vezes, a sua intimidade. Talvez seja o gosto pelo “vouyeirismo” tão de agrado dos portugueses, que faz o sucesso de…
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Tele-trabalho
Devido a esta maldita pandemia, milhares de portugueses estão em casa a “teletrabalhar”. Ora isto do teletrabalho tem que se lhe diga, sobretudo se a matéria-prima falhar. Vou falar-lhes do meu caso, ora para “tele-trabalhar” em casa preciso de: computador, café, internet e…papel higiênico! Ora se uma desta falha, como é que vamos fazer? Desta vez o que falta é mesmo a internet. Cliente avesso a mudanças (em tudo) tenho sido “casado” com a Nos, há já algum tempo. O que acontece é que a nós, não se anda a dedicar como devia. Porquê? Eu faço a minha parte, pago aquilo que me é pedido, mas não sou correspondido no que contratei… E o que é que contratei? Internet, e TV (dou de barato o telefone que nunca usei) em condições. Acontece que o me é “oferecido” agora é um serviço com cortes de 20 em 20 minutos, que me…
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Take-Away estranho
Confinados que estamos, nem sempre apetece cozinhar em casa, ou apetece-nos aquele prato ou petisco que de todo, mesmo com vontade, não sabemos ou não podemos. Um destes casos é o Sushi, sobretudo se for dos bons!! Vou aqui falar de duas experiências diferentes, mas com um denominador comum. Quando se tem vontade de comer sushi, com menos grau de exigência, vamos ao “pé da porta”. Ora vamos comparar as duas diferenças. Sou cliente assíduo do Sushi Delícia, um restaurante gerido por Nepaleses que queriam abrir um negócio, e optaram por um restaurante ao invés duma mercearia de bairro, daquelas de conveniência que tem tudo o que nos falta à última da hora. Mas abrir um restaurante de Sushi não é para todos, sobretudo se formos fiéis à confecção como os japoneses a “inventaram”. Ora uma das invenções, são os rolos fritos! Onde é que viram isso? Cheira-me a “brasileirisses”,…