Coisas Boas em Alta
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    Uma noite de magia com os Aloés

    Foi sem dúvida uma noite maravilhosa. Jantei primeiro no “Maria Azeitona“, o mais popular restaurante da amadora, e depois fui ao teatro. A companhia de Teatro dos Aloés apresenta o espetáculo mais diferente da sua longa carreia. Há dança, há música, há ilusionismo e claro emoções. Uma escritora inventa uma história de uma família disfuncional. Três irmãos com histórias diferentes, mas com algo em comum, a solidão. A narrativa acontece a grande velocidade e dentro do espetáculo há o espetáculo de ilusionismo. Patrícia André faz a tripla, mostrando todo o seu talento. Um talento que eu conhecia, mas não tinha a noção do que a atriz é capaz de fazer em palco. Nunca tinha ouvido falar desta dramaturga Lluïsa Cunillé e e foi algo totalmente inesperado. A companhia de Teatro dos Aloés faz um teatro politizado, mas neste texto não senti nada nessa linha. Provavelmente há um caminho novo, com…

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    “Subida Infinita” do Capitão Fausto

    O Capitão Fausto está de volta com um novo disco. É o quinto disco da banda de Alvalade. Apesar de “Gazela” ter sido gravado há relativamente pouco tempo (2011), há uma distância planetária. No início da carreia sentia uma alma e até um ser genuíno. Eram um grupo de rapazes com formação musical que faziam música pelo prazer que lhes dava. Hoje são um produto, bem tratado, delicado e até um pouco pretensioso. Admito que sou fã e por isso passei os meus dias a ouvir as canções. Parece-me ser um disco de perda. Por exemplo, o disco abre com “Muitas mais virão” que pretensamente é uma música de festa, mas sinto uma tristeza imensa na interpretação. É um disco adulto, que de tanto ouvir já trauteio as canções. É pequeno, em meia hora está despachado! Não acredito que fique na história da música, sinto que lhe falta muito coração.…

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    Slow J ao vivo no Altice

    A minha expectativa no início era zero ainda para mais tendo caído uma tempestade em Lisboa. Lá me arrastei para o Pavilhão Atlântico, para ver a consagração de Slow J. A sala estava totalmente cheia, um público jovem que sabiam as letras. Foi uma surpresa total, uma legião gigante de convidados: Papillon, Ivandro,  Richie Campbell e  Gson e Teresa Salgueiro. Não sou fã de hip hop, mas adorei a noite! Não conhecia bem a carreira de Slow J, mas admito que passei os dias a seguir ao concerto a navegar na sua obra. Não é muito normal um artista português esgotar duas noite na maior sala de Portugal. Como nota Slow J interrompe por três vezes o espetáculo porque há gente na plateia que se está a sentir mal, nunca tinha visto. A atitude do artista deixou-me dúvidas! Terá sido genuína ou pensada? A meio do espetáculo, Slow J decide parar…

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    “A Viúva e o Papagaio” de Virginia Woolf

    O que fazer num sábado à noite quanto tenho de acordar às 6 da manhã no domingo? A minha escolha foi ler algo bonito de leitura fácil. “A Viúva e o Papagaio” de Virginia Woolf. Um conto que acompanha a aventura da Sra. Gage, uma velha viúva que descobre uma herança inesperada. É inteligente, divertido e mostra também uma relação amorosa entre um papagaio e a sua futura dona. Tem uma leitura muito fácil e é lido numa hora. Apesar de ser um livro recomendado para as crianças que estão no 5 ano, não considero ser um livro infantil. Gostei muito e fiquei cheio de vontade de conhecer a obra da autora.

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    Vidas passadas

    Estreado no festival de Sudance está nomeado para o Óscar de melhor filme e argumento original,  Uma  obra semi autobiográfica escrita e realizada pela canadiana de origem sul coreana Celine Song.  Uma  história com poucos atores, muito assente em diálogos e em silêncios.  “Vidas passadas” fala na ligação entre o casal protagonista, e primeiro descreve a s infância em Seoul, na idade em que não se consegue sequer interpretar sentimentos amorosos, e a separação deles quando os pais de Nora resolvem emigrar. O segundo, quando as redes sociais lhes permitem retomar contacto na vida adulta e por fim o reencontro breve em Nova York.  A sala estava composta com mulheres desejosas de ver uma história de amor e puxava pela lágrima. Filme bem feito com um final que me desagradou . A ver

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    Cacau a nova novela da TVI

    Não tenho o hábito de ver novelas, pois arrastam-se por meses. Por mero acaso parei na TVI e dei atenção a novela Cacau. Gostei e voltei no dia seguinte e parece que sempre que poder lá estarei à frente da tv. Parece-me diferente com mais técnica e até parece cinema. Ouvi dizer que há técnicos brasileiros a trabalhar com os portugueses e a experiência longa deles acrescentam valor à novela. Depois tem um Paulo Pires uma Fernanda Serrano cheios de talento. A protagonista muito bonita a fazer o melhor : representar sem tiques. Nova e nunca tinha ouvir falar nela: Matilde Reymao. Depois achei desconcertante a personagem da Fernanda Serrano que tem uma particularidade: o mau hálito. Cacau tem tudo para dar certo: belos exteriores no Brasil, amor, intriga, gente má e boazinha mas está bem feita e isso faz a diferença. Vou seguir. Parabéns TVI

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    Eu Amo o Benfica

    Admito que sou um “doente” do Benfica, com lugar cativo há muitos anos e Xanax no bucho quando fico muito nervoso. Há dias tropecei numa série da Prime vídeo “Eu amo o Benfica” que conta a história da caminhada do 38º titulo do Sport Lisboa e Benfica. São 6 episódios com imagens dos bastidores da conquista. Não há uma narrativa, mas ficamos a conhecer o que se passa no coração da equipa. Destaco a quantidade absurda de abraços e cumprimentos que são trocados entre jogadores, equipa técnica e presidência. Rafa claramente uma pessoa tímida, a fugir sistematicamente à camara, e a meter perfume a toda a hora. A liderança de João Mário e de Otamendi. A presença constante de Rui Costa. As brincadeiras e o espirito de grupo. Gostei do que vi, os 6 episódios são de 20 minutos cada, e ficamos a conhecer a intimidade de um balneário.

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    O Falsificador

    Estreado no festival de Berlim é um drama baseado em factos reais, realizado por Maggie Peren, e no papel principal conta com Louis Hoffmann. Conta a história do jovem artista gráfico judeu Cioma Schonhaus que resolve adoptar a identidade de um oficial da marinha alemã. Junta-se a uma rede de salvadores clandestinos  e torna-se famoso pela sua habilidade em falsificar documentos. Uma biografia em forma de telefilme, sóbrio mas a faltar mais alguma coisa para agarrar o espectador. Passado em Berlim em 1942. O Falsificador, nas salas em Portugal.

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    Anatomia de uma queda

    Este filme vive de pequenos detalhes, desde a fantástica interpretação de Sandra Hüller e a banda sonora que pontua momentos-chave da narrativa. Um cover  instrumental de Pimp de 50 Cent feito em 2003, um single de sucesso do álbum de estreia em estúdio, “Get Rich or Die Tryin’”.  A versão que ouvimos no filme é um remix de 2008 do conjunto musical alemão Bacao Rhythm & Steel Band. A música enche a sala e foi excelente escolha.  A realizadora Justine Triet torna-se a terceira mulher a vencer a Palma de Ouro em Cannes com esta obra surpreendente. “Anatomia de uma Queda” Embora contenha alguns diálogos em inglês , quase 60% do filme é em francês. O filme de Justine Triet recebeu sete indicações ao BAFTA e cinco ao Oscar, incluindo uma para Melhor Direção, depois de ganhar dois Globos de Ouro.  A realizadora Justine Triet é conhecida como uma intelectual um pouco…