Coisas Boas em Alta
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    The Card Counter

    The Card Counter: “O Jogador”, de Paul Schrader foi o melhor filme que vi este ano. Contado com intensidade cinematográfica, marca registrada de Schrader, este thriller conta a história de um ex-interrogador militar que se torna num jogador assombrado por fantasmas das suas decisões do passado. Estamos sempre à espera do pior mas a câmara vai devagar e bem. Magníficas  interpretações de Oscar Isaac, Tiffany Haddish, Tye Sheridan e Willem Dafoe que  todos juntos fazem um filme com muita mensagem. A música bem escolhida e a mensagem é clara: será que se está melhor numa prisão com rotinas simples ou cá fora onde gente má anda à solta? A cena final é bonita onde umas longas unhas de gel se encontram com o dedo de quem está preso e se fixam. A produção e de Martin Scorsese. Um filme não aconselhável a quem é medricas. Intenso. Bravo Paul Schrader.

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    Glória – Netflix

    É a grande estreia da produção Portuguesa na netflix! Dizer que ainda não ouviu falar ou que não viu ainda é um risco de gigante de ficar de fora das conversas de amigos! Glória é um thriller de espionagem e ação, passado num Portugal nos finais da ditadura do Estado Novo, mas mistura também guerra fria, americanos de um lado e Russos do outro! A ação acontece na aldeia da Glória do Ribatejo, onde durante décadas funcionou um centro norte-americano de transmissões (RARET), que tinha como grande objetivo transmitir propaganda ocidental para os países do Bloco de Leste. Aqui não há bons, são todos maus, o que vai contra tudo o que me ensinaram durante anos. A realização bem cuidada foi de Tiago Guedes. A série esta a funcionar muito bem em Portugal, mas também na Suíça. Vale a pena ver, sentir o Português na gigante Netflix.

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    Mize – Ricardo Adolfo

    Nunca tinha ouvido falar do escritor Ricardo Adolfo. Numa aula de escrita criativa que frequento, o formador aconselhou a leitura  este livro e torci a nariz. Lá o comprei e achei- o muito divertido e bem  escrito. Cheio de humor. Ricardo Adolfo, nasceu em Luanda em 1974. Viveu nos arredores de Lisboa, em Macau, em Amesterdão e em Londres. De momento vive em Tóquio. Escreveu os livros infantis Os monstrinhos da roupa suja e Minimini, o livro de contos Os chouriços são todos para assar e os romances Depois de morrer aconteceram-me muitas coisas, Maria dos Canos Serrados, Tóquio vive longe da terra, e Mizé, antes galdéria do que normal remediada. Para o cinema e a televisão escreveu Sara, vencedora de melhor série nos prémios Sophia e SPA 2019, e a longa metragem São Jorge, premiada no 73.º Festival de Cinema de Veneza. A sua obra está publicada de Portugal ao Japão A história de Mize que vive nos arredores de Lisboa, tenta…

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    Lua Amarela

    Tento nunca faltar as peças que os Artistas Unidos apresentam. Sejam do próprio grupo ao até de acolhimento. Ontem não sabia ao que aí. Quando começou o espetáculo vi logo que não era para dispor bem e sair de sorriso. Em cena estava 2 atores muito novos. O Macho Lee e a Leila e outro que é padrasto do Lee. Os atores com uma bela dicção, com uma elasticidade corporal acima do normal, mostraram como se faz teatro. São eles o Gonçalo Norton, a Rita Rocha Silva e o Paulo Pinto. A peça é um drama que não pode acabar bem, mesmo que a personagem Leila vá dizendo “está tudo bem”.   Eu sentada na cadeira fui olhando para o que me estavam a mostrar e fiquei quase aflita porque pensei que estava também naquele palco a interagir com os atores. A encenação é do Pedro Carraça que vai crescendo…

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    O meu ano com Salinger

    Hoje foi dia de ir ao cinema. Escolhi “O meu ano com Salinger” passado na década de 1990. A jovem Joana, cheia de vontade em tornar-se escritora e poetisa, deixa a sua terra natal e tenta a sorte na cidade de Nova Iorque. Ali, enquanto a oportunidade não chega, arranja trabalho numa das mais importantes editoras da cidade. A sua principal tarefa é tratar da correspondência de escritores reconhecidos, em particular de J. D. Salinger, autor do extraordinário “À Espera no Centeio”. Apesar da fama de eremita que ele cultivou e do seu pouco ou nenhum contacto com o exterior, Joanna e Salinger criam uma relação de proximidade. Estreado no Festival de Cinema de Berlim, um filme dramático realizado por Philippe Falardeau e centrado na figura da jovem Joana. História bem contada, sóbrio e emotivo. Gostei.

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    A vida no céu – José Eduardo Agualusa

    José Eduardo Agualusa nasceu em Angola e já viveu em vários locais tal como Rio de Janeiro, Berlim e Lisboa. Romancista, contista a autor de livros juvenis. Muitos prémios internacionais, mostram que escreve bem e muito.  Agora , a Quetzal volta a editar o romance para jovens e outros sonhadores de José Eduardo Agualusa. Com nova capa, «A Vida no Céu» regressou às livrarias numa altura em que o escritor se prepara para lançar um novo romance e acaba de ser distinguido com o Prémio PEN pelo livro Os Vivos e os Outros, publicado durante a pandemia. Misto de história de aventuras e de alegoria ecológica, A Vida no Céu é uma visitação à humanidade entre as nuvens, em pleno céu, onde uma nova vida, depois de um desastre de proporções bíblicas, pode ser possível. Com o mundo coberto de água, o Homem subiu aos céus, formou aldeia e cidades flutuantes…

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    Começar – Teatro Aberto

    O Teatro Aberto sempre foi um espaço onde eu vou ver Teatro. Agora fazem sessões a 4a.e 5a. feira as 19 horas o que me agrada ainda mais. “Começar “ é uma peça que conta uma história de amor nos nossos dias. Sobre solidão e pessoas solitárias mesmo rodeadas de muita gente. Tem um final feliz? Eu acho que não mas o encenador deixa em aberto esta questão. Pedro Laginha o bonitão do nosso teatro, e Cleia Almeida, muito seguros carregam a solidão no corpo e vão contando as suas vidas. A encenação do João Lourenço muito cuidada e adequada, enche os olhos ao espectador. A iluminação perfeita e o palco com características técnicas excelentes que o encenador aproveita bem. Aconselho a quem gosta de teatro que vá e confortavelmente sentado veja como se procura ansiosamente o amor, um filho, uma família nestes tempos difíceis. O autor da peça  é…

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    O cais – HBO

    A produção espanhola está a dar cartas!  Somos invadidos nas várias plataformas por séries e filmes vindo do estado vizinho!  Umas de grande qualidade outras nem por isso!  Tropecei numa da HBO de qualidade   O cais. A série foi gravada em Valência, no Parque Nacional de La Albufera, em Espanha, um lugar paradisíaco!  Conta a história de Alexandra, uma arquiteta, que esta destroçada com o suicídio do seu marido, o Oscar. Descobre ainda que o marido tem uma vida dupla com outra mulher, a Veronica, e tem com ela uma filha.  Uma vida dupla, para tronar a trama ainda mais viciante, será que o marido se suicidou ou foi assassinado? No elenco brilha o professor da casa de papel (Álvaro Morte) A série tem um brilhante diretor de imagem, porque passei as duas temporadas com vontade de visitar o local  A ver! 

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    De Rax

    Ponho-me a caminho dos Alpes Austríacos.  De Rax. Vai-se de carro até ao teleférico. O teleférico leva cerca de 20 pessoas e olhando a volta vê-se que há gente que vai assustada. São 1500 metros a subir, devagar e com uma vista magnífica. O outono faz com que as folhas das árvores altíssimas fiquem lindas. La vamos nós por aí fora até chegarmos ao cume onde há um restaurante de montanha. A comida é toda a volta da caça. Eu comi veado e gostei. A carne macia e cheira e sabe bem. Outros comeram javali. Depois é ficar sentado no terraço a olhar para as altas montanhas dos Alpes com uma caneca de cerveja e desfrutar da paisagem. Não há neve mas o outono impõe-se com um sol envergonhado. Lindo passeio.