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Volta a Lisboa
A chamada ‘Volta a Lisboa’ consiste num passeio de bicicleta pela nossa cidade. A partida é no Parque das Nações. Percorro a zona ribeirinha, a baixa de Lisboa, a Avenida da Liberdade ou a Almirante Reis, a Fontes Pereira de Melo e Avenida da República ou a Guerra Junqueiro e a Avenida de Roma, a Avenida do Brasil e por fim a Marechal Gomes da Costa, quase sempre em ciclovia. Sou fã das ciclovias, das que estão bem integradas no ambiente urbano da cidade. Temos de privilegiar os modos suaves de mobilidade. Este passeio respira sustentabilidade e liberdade. Sinto a vida e a energia da cidade. Gosto das cores, dos cheiros, dos sons e do movimento de cada zona. Faço estes passeios apenas por lazer e ao fim de semana. Infelizmente não consigo ir para o trabalho de bicicleta. Este mês tive a ideia de fazer a ‘Volta a Lisboa’…
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Triste envelhecer
Tenho o hábito de ir tomar o pequeno almoço na esplanada que fica debaixo do meu prédio. Já conheço pelo menos de vista, algumas das pessoas que vou encontrando. Mas há um casal que os tenho seguido há talvez 10 anos. Já na reforma, ele advogado e conhecido por motivos não muito próprios, instalam-se numa mesa. A senhora transforma com ligeireza a mesa num pequeno escritório. O Jornal Correio da Manhã em posição para ele ler e ela com uma pilha de livrinhos de sopa de letras que vai fazendo devagar e sem estar concentrada. Vai observando as pessoas e sempre com um controlo férreo nos olhares que o marido tem para as senhoras que estão pouco interessadas neste senhor idoso. Parece ser possessiva e muito ciumenta e afasta tudo que é mulher. Seja um simples “bom dia” ou “hoje está frio!” Chegados ao meio dia levantam-se e lá vão…
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O meu livro!
Luís Sepulveda – História de uma gaivota e do gato que a Ensinou a Voar Quando saiu o livro de Luís Sepulveda com o belo título: “História de uma gaivota e do gato que a Ensinou a Voar,” que conta a história de Zorbas um gato preto e gordo, pensei que tinha de comprar o livro. Mal eu sabia que o livro me traia estados de alma variados! Comoção, apreensão e respeito pelo compromisso das promessas dadas. A história é uma fábula que pode muito bem ser uma história de todos nós! Uma gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado de Zorba, antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Todo o livro é poesia pura. Os diálogos entre os grupo de gatos que ajudam a pequena gaivota a crescer, a alimentar-se é comovente. Que se tornam pais da gaivota e lhe ensinam que muitas…
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Lenda do Verão de S. Martinho
Martinho era um valente soldado romano que estava a regressar da Itália para a sua terra, algures em França. Montado no seu cavalo estava a passar num caminho para atravessar uma serra muito alta, chamada Alpes e, lá no alto, fazia muito, muito frio, vento e mau tempo. Martinho estava agasalhado normalmente para a época: tinha uma capa vermelha, que os soldados romanos normalmente usavam.De repente, aparece-lhe um homem muito pobre, vestido de roupas já velhas e rotas, cheio de frio que lhe pediu esmola.Infelizmente, Martinho não tinha nada para lhe dar. Então, pegou na espada, levantou-a e deu um golpe na sua capa. Cortou-a ao meio e deu metade ao pobre.Nesse momento, de repente, as nuvens e o mau tempo desapareceram. Parecia que era Verão! Foi como uma recompensa de Deus a Martinho por ele ter sido bom. É por isso que todos os anos, nesta altura do ano,…
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A Capulana
Quando o Presidente Mandela da África do Sul vestia-se com camisas coloridas, berrantes o mundo começou a interrogar-se o que era aquilo. Pois eram camisas muito bem feitas mas de pano de Capulana. Uma capulana é um pano retangular de algodão, com motivos estampados e cores fortes. Normalmente, o estampado representa cenas da flora e fauna das savanas de África e os desenhos geométricos a forte influência árabe. Este pedaço de tecido colorido, que gera encanto e curiosidade por onde passa teve a sua origem, há alguns séculos, no continente asiático e chega a África por intermédio das trocas comerciais que, pouco a pouco, aportam à costa do Índico. A história diz que a capulana chegou a África pela primeira vez nos Séculos IX a X, no âmbito das trocas comerciais entres árabes persas e povos que viviam ao longo do litoral. A capulana é usada nos países africanos de diferentes maneiras. Em…
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Ronronar!
O meu gato ronrona que se farta! Este ronronar é indiscutivelmente uma maneira deliciosa que ele tem de comunicar os seus sentimentos para comigo. Penso eu. Embora o ronronar tenda a acontecer com mais frequência quando ele está a ser mimado, satisfeito e contente, há outras razões que explicam esse fenômeno específico dos felinos. Além do mais, é a sua anatomia especial que lhes permite fazer esse som agradável! Os gatos têm uma série de ossos na garganta chamados de aparelho hióide. Responsáveis pelo suporte da laringe e da língua, o gato tem componentes ósseos e flexíveis. Os felinos domésticos têm um hioide mais rígida o que lhes permite ronronar em vez de rugir. O meu gato ronrona a uma frequência de cerca de 26 Hertz e os analistas descobriram que o ronronar pode variar dependendo de cada situação. Há evidências científicas que dizem que este ronronar, pode ser benéfico para…
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Talheres – Cutipol
Até o século XI, as pessoas utilizavam as mãos para comer. Domenico Selva, membro da corte de Veneza, aparece com um objeto pontiagudo, com dois dentes, que usava para espetar os alimentos e levá–los a boca. Esse primeiro garfo foi considerado uma heresia: o alimento, fornecido por Deus, era sagrado, e tinha de ser comido com as mãos. Pouco a pouco, a nobreza e o clero foram adoptando a faça mas o garfo foi mais difícil de se introduzir. Por isso a faca é o mais antigo dos talheres, pois foi o homo erectus quem criou o primeiro objeto cortante, feito de pedra, para caçar e para se defender. O primeiro a sugerir que cada homem deveria ter um talher para ser usado exclusivamente à mesa foi o cardeal francês Richelieu, um fervoroso defensor das boas maneiras, por volta de 1630. Mas agora a história é outra! A imaginação não tem limites! Talheres de design…
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Halloween
Halloween ou Dia das Bruxas, é uma celebração que ocorre na noite de 31 de outubro, véspera do Dia de Todos os Santos. Tem origem nos países anglófonos, como os Estados Unidos, o Canadá, o Reino Unido, etc. Não sendo uma tradição portuguesa, comecei a celebrar o Halloween, há quase 10 anos, quando emigrámos e convivíamos com estas comunidades. Apesar disso, o Halloween, nos últimos anos, está a tornar-se cada vez mais uma festa obrigatória em Portugal. É uma festa noturna, onde podemos dar largas à nossa imaginação. As crianças e os adultos fantasiam-se. Muitas vezes estamos irreconhecíveis, com máscaras assustadoras. Vale tudo! Desde as nossas personagens favoritas, aos esqueletos e vampiros de cara branca com sangue a escorrer pelos lábios. As mesas estão repletas de decoração, comidas e bebidas bastante originais. A atividade mais comum do Halloween é a chamada ‘Doçura ou Travessura’. Onde as crianças batem às portas…
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Dia Mundial da Música
Hoje, dia 1 de outubro, é Dia Mundial da Música, estabelecido pelo International Music Council em 1975. Neste dia de celebração são definidos vários objetivos focados no direito à música e na promoção da arte musical e apoio a todos os artistas. Há lá coisa melhor no mundo que a música? Ouvimos música desde que nascemos. A música é uma forma de arte que concilia sonoridades, ritmos e mensagens, que apaixonam gerações. É uma forma de expressão e de comunicação universal. A música desperta sentimentos, recupera memórias antigas, faz-nos viajar, une pessoas e quebra amarras. “Music makes the people come together!” by Madonna Oiçam música e sorriam!