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007 – Sem Tempo Para Morrer
Em boa hora, a plataforma de streaming “Prime Video” disponibilizou os filmes das aventuras de 007. No fim de semana, ao fazer uma pesquisa, descobri a mais recente aventura: “007 – Sem Tempo Para Morrer“. Decidi assistir. A primeira cena é genial, uma sequência de tirar o fôlego. Muito bem editada, com planos rápidos e carregados de ação, que, no fundo, são a marca registada destes filmes. Este é o vigésimo quinto filme da série, lançado em outubro de 2021, mas só agora tive a oportunidade de o ver. Segue a linha do que já estamos habituados, com exceção do final surpreendente. Daniel Craig mantém o protagonismo. James Bond decide deixar o MI6 e mudar-se para a Jamaica, mas, mais uma vez, os serviços secretos precisam dele. Um cientista é raptado, e o ex-agente 007 percebe que a missão de resgate é, na verdade, uma corrida contra o tempo para…
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Três Bagos Reserva Tinto 2020
Há meses que tinha vontade de fazer um arroz de marisco em casa. No passado fim de semana, decidi finalmente pôr mãos à obra. Depois de fazer as compras, comecei a preparar tudo. Mas ficou uma dúvida: o que beber para acompanhar este pitéu? Há uns dias, um amigo próximo tinha-me falado, com os olhos a brilhar, no Três Bagos Reserva Tinto 2020. Estava tão entusiasmado que até me ofereceu uma garrafa deste vinho. Dado o carinho especial que ele tinha pelo vinho, resolvi abri-la. “Suavidade” é a palavra que melhor o define. De cor vermelha viva, apresenta aromas a frutos vermelhos bem maduros, com notas de madeira muito subtis. É equilibrado, com uma acidez e estrutura perfeitas, e termina de forma suave. Chega ao mercado por cerca de 12€, com 13,5% de teor alcoólico. Uma excelente escolha para os dias de chuva que se aproximam.
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Os melhores vinhos de Portugal
Ontem, a revista “Grandes Escolhas” realizou mais uma edição das Grandes Escolhas da Imprensa. Há quatro anos que o nosso site tem sido representado por membros da nossa equipa. A sala estava repleta de jornalistas que, ao longo dos anos, têm-se dedicado ao mundo do vinho. Nunca antes havíamos sido brindados com vinhos de tão elevada qualidade. Os produtores submeteram a concurso os seus melhores vinhos, incluindo, em alguns casos, exemplares com uma maturação significativa. Provámos cerca de 60 vinhos, sem qualquer informação prévia sobre os mesmos. Fomos convidados a avaliar os vinhos numa escala de 0 a 20 valores, com a possibilidade de utilizar meios pontos. A prova começou com espumantes, passando depois por brancos, rosés, tintos e vinhos fortificados. Atribuí 20 valores a um fortificado de Moscatel de Setúbal. Um vinho extraordinário, que estou certo de que será o vencedor do concurso. Foi uma manhã fantástica, onde pude…
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Bom Malandro, tinto 2021
Cheguei a casa com vontade de cozinhar bacalhau no forno. Há algum tempo que não sentia este prazer: cozinhar, ouvir música e desfrutar de um bom vinho. Para tornar o momento ainda mais especial, decidi abrir um “Bom Malandro” de 2021. É um vinho jovem, com grande potencial de evolução. Não seria má ideia guardar algumas garrafas para beber mais tarde. Este Douro está bem conseguido, com bom corpo e notas delicadas de fruta vermelha. Embora tenha 14% de álcool, passa despercebido devido à sua suavidade. O “Bom Malandro” faz parte da seleção trimestral da Enoteca Clube do Vinho e revelou-se mais uma agradável surpresa. Com um preço de mercado de 9€, oferece uma excelente relação qualidade-preço. O bacalhau estava delicioso, e o “Bom Malandro” foi, sem dúvida, a escolha perfeita.
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Quinta de Camarate Winemakers Selection
Sou cada vez mais fã da Enoteca Clube de Vinho. Todas as suas sugestões acabam por ser verdadeiras descobertas. Recentemente, abri uma garrafa de Quinta de Camarate Winemaker’s Selection para acompanhar um prato de carne assada no forno. É um vinho com um aroma frutado, equilibrado e muito bem elaborado. Apesar de ser macio, não deixa de apresentar uma complexidade interessante. Produzido pela José Maria da Fonseca, chega ao mercado por 9,50€, com um teor alcoólico de 13,5%. Durante a degustação, surgiu a discussão sobre se o vinho teria estagiado ou não em madeira. Eu defendia que sim, por sentir um leve aroma a baunilha, mas, na verdade, o vinho não passou por madeira. Acredito que este vinho ainda tem muito potencial para evoluir. Guardei uma garrafa para abrir dentro de 10 anos. É uma excelente escolha. Recomendo vivamente.
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Um vinho da Geórgia
Desconhecia que a Geórgia tinha uma tradição vinícola. Recentemente, um amigo que sabe do meu gosto por produtos de qualidade ofereceu-me uma garrafa de “Badagoni”. Este vinho é produzido no Vale de Alazani, uma região com uma longa tradição na produção de vinhos, como descobri durante a minha pesquisa. Num jantar especial, decidi abrir a garrafa sem saber o que esperar e fui surpreendido. É um vinho excecionalmente bem elaborado, ideal tanto como aperitivo como para acompanhar sobremesas. Apresenta um toque ligeiramente adocicado, com uma leveza e suavidade notáveis, além de ter 12% de teor alcoólico. Os aromas florais destacam-se e conferem-lhe uma complexidade única. Foi, sem dúvida, uma agradável surpresa.
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“Vemo-nos em Agosto” Gabriel García Márquez
Todos os anos, a 16 de agosto, Ana Magdalena Bach apanha o ferry que a leva até à ilha onde está enterrada a sua mãe. Leva-lhe flores e aproveita a noite para tentar encontrar alguma felicidade. Por isso, espera ansiosamente por este dia. Um ano de sonhos e expectativas. No fundo, vive uma existência miserável, marcada pelo desgaste do casamento. É este o ponto de partida para o maravilhoso livro de Gabriel García Márquez, “Vemo-nos em Agosto” . Quando o autor começou a escrever este conto, já se encontrava no final da sua vida, mas, mesmo assim, sinto toda a sua genialidade. É Gabriel García Márquez no seu melhor, com uma escrita profundamente emotiva e carregada do seu estilo inconfundível. O livro foi lançado dez anos após a sua morte, precisamente no dia em que completaria 97 anos. Na verdade, é o seu último livro. Li-o numa tarde, com uma…
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“O desaparecimento de Stephanie Mailer” de Joël Dicker
Joël Dicker é atualmente um dos escritores mais populares, com vendas impressionantes. A sua escrita é cativante: parágrafos curtos e diálogos abundantes que incentivam o leitor a virar a página. Este estilo, simples e envolvente, revela-se uma fórmula vencedora, especialmente para os novos leitores. Já li outros livros de Joël Dicker e este padrão de escrita é inconfundível. Em “O Desaparecimento de Stephanie Mailer“, a experiência de leitura faz-me sentir como se estivesse a jogar Cluedo: as pistas vão surgindo e tentamos adivinhar quem é o assassino. No entanto, sinto que este livro se alonga desnecessariamente; parece ter 100 páginas a mais, e a trama poderia ser resolvida de forma mais rápida. A história decorre numa pequena cidade nos arredores de Nova Iorque, onde ocorre um quádruplo homicídio. O presidente da câmara, a sua mulher, o filho e uma residente local são brutalmente assassinados. Apesar de extenso, o livro mantém…
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Herdade Aldeia de Cima Alyantiju
Convidado para jantar em casa do meu primo, o prato principal era uma galinha frita picante. A minha única tarefa era levar os vinhos. Decidi optar pelo Herdade Aldeia de Cima Alyantiju, uma verdadeira pérola oferecida pela Enoteca Clube do Vinho. Sem saber ao certo o que esperar, abrimos este magnífico néctar. Bastou sentir o aroma para perceber que não estávamos perante um vinho comum, mas sim algo de grande caráter. De cor vermelha intensa, revela-se complexo, com aromas a frutos vermelhos. Na boca, é extremamente elegante, com um final persistente. Com 14% de teor alcoólico, trata-se de um vinho muito especial. De origem alentejana, apresenta leves notas de madeira que o tornam ainda mais interessante. Como o prato tinha um toque picante, a escolha revelou-se acertada. Com um preço a rondar os 60€, não é certamente um vinho para todos os dias, mas para ocasiões especiais. Fiquei completamente rendido.…