Relógio Patek Philippe
Vou falar de um Relógio que não é nem para pobres nem remediados.
Até nem para ricos.
É um luxuoso, lindo relógio para muito ricos.
Mas isso não interessa nada.
O relógio em questão pode custar 50 ou 100 mil euros e vai desaparecer.
Só o mostrador de um azul profundo, com as suas riscas subtis, e o bisel, bem como a caixa, em aço inoxidável não enganam.
O relógio em questão é o Nautilus.
O romance Vinte Mil Léguas Submarinas surgiu, numa era em que se começava a falar com grande insistência sobre a evolução das espécies e teve dois grandes protagonistas: um homem, o Capitão Nemo e um submarino, o Nautilus.
O Capitão Nemo é um dos anti-heróis da história de ficção e o seu nome significa «ninguém»; o Nautilus antecipou um tipo de embarcação que até então nunca havia sido construída, e que pode ser traduzido por, «mudança nas mudanças».
A temática e a etimologia utilizadas por Júlio Verne estiveram diretamente associadas à gênese de um dos maiores ícones dos Relógios de pulso, que também esteve ligado a uma mudança do paradigma relojoeiro numa época de mudança provocada pela chegada do quartzo dos anos 70.
Não é para todos
O relógio Nautilus 5711/1A-010, é um sucesso de vendas absoluto da marca suíça Patek Philippe.
O seu fabrico vai ser descontinuado e os relógios que restam vão aumentar substancialmente de preço.
Este modelo é um ícone e os colecionadores vão estar atentos a quem quer vender.
Fundada em 1839, a marca Patek Philippe atravessa uma fase especialmente boa.
No seu balanço anual, a Collector Square, plataforma de revenda de peças de luxo, elegeu-a como marca de destaque no segmento dos relógios, deixando para trás a histórica Cartier.
Segundo os dados apresentados, as vendas de peças da relojoeira suíça aumentaram 93% em 2020.
Aqui não há crise!
Toda a gente rica quer saber as horas certas num luxuoso relógio.