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Chef João Ricardo Alves

Arkhe quer dizer, começo em grego e foi isso que o Chefe João Ricardo Alves,  fez quando decidiu abrir o seu restaurante vegan e vegatariano em Lisboa.

Depois de muitas complicações para alugar o espaço, mais  uma vez, como em tantos outros momentos da sua vida, a sorte esteve do seu lado e o negócio acabou por se dar.

No antigo espaço do restaurante Pachamama, um espaço ligado à cozinha vegetariana e aos produtos biológicos,  o chefe brasileiro optou por manter muito do que encontrou.

Os arcos em pedra continuam lá, assim com as lâmpadas descaídas que acabam por dar algum conforto ao espaço que dispõe de várias mesas em madeira.

As paredes, brancas, seguram duas estruturas pretas onde estão vasos de plantas.

A poucos metros do Cais do Sodré, João diz-se satisfeito com o resultado final do espaço e com a sua vizinhança.

“No início, muitos falaram que esta não seria a melhor zona para abrir um restaurante por ser assim meio alternativa. Mas eu gostei, achei que tinha tudo a ver com o meu conceito. Não queria estar no Chiado ou no Príncipe Real, queria estar numa parte da cidade que estivesse a começar em termos de restauração”, diz ele.

Diz também que é no tipo de cliente não vegetariano que encontra o seu maior desafio enquanto cozinheiro. “Quero mostrar-lhes que no final da refeição vão sentir-se satisfeitos a nível físico e do paladar, sem terem ingerido qualquer proteína.” 

Para quem prefira, nas opções que estão no Menu, é possível encontrar criações com laticínios e ovos, ou seja, de cozinha vegetariana, como é exemplo o prato de gnochi de batata com abóbora.

Apesar da ausência de carne e peixe na carta, João garante que do seu restaurante ninguém sairá com fome.

Sai satisfeito mas leve.“No menu de degustação, por exemplo, os pratos têm no seu total, pelo menos, 500 gramas de comida.

Veja-se os pratos de panissa (uma espécie de polenta feita com farinha de grão de bico) com maionese de miso e gengibre, rabanete em pickle e rábano forte, e o seu gratin de batata e cogumelos com creme de couve-flor assada, molho Bordelaise e cerefólio que acabam por oferecer algum conforto a quem os come.

Falando nisso, praticamente todos os produtos com que o brasileiro trabalha são de origem biológica e grande parte vem de produtores locais.O chefe de 32 anos, decidiu  parar de comer carne e passou a estudar de forma mais afincada, a área da nutrição.

Nesse momento, decidiu que passaria a cozinhar apenas em restaurantes vegetarianos. 

E foi assim, que no seu percurso, surgiram as experiências no Terre a Terre, em Brighton, Inglaterra, Joia, em Milão, Itália  com 1 estrela Michelin, e no vegan Fivelements em Bali, Indonésia onde chegou a responsável máximo de cozinha. 

Foi com este espírito que acabou por decidir mudar-se para Portugal com a família.

Além disso, sabia que não existiam por aqui conceitos de cozinha vegetariana e vegan a um nível razoável e o desafio é enorme.Começou por fazer uns jantares 100% vegan n’A Sociedade, em Lisboa, antes de avançar, finalmente, para o seu primeiro restaurante, o Arkhe. 

Diz que quer ser cozinheiro ate ao seu último dia de vida! Quem gosta deste conceito de comida não hesite e vá experimentar o Arkhe!

Na Rua Boqueirão do Duro 46.

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