5 e meio a cerveja da Ericeira
Foi num dia quente que decidimos ir conhecer uma marca de cerveja portuguesa sediada na Ericeira1
A 5 e Meio nasceu e aproveitou a onda da cerveja artesanal para crescer!
Foi com um generoso sorriso que Teófilo Oliveira recebeu a equipa do coisas boas em alta:
Como foi que a marca nasceu?
Nasceu de uma brincadeira entre amigos, pelo gosto que tinhamos em beber cerveja e pela curiosidade em perceber como se fazia.
Porque batizaram a marca com 5 e meio?
Foi o teor alcoólico da primeira produção, ou seja 5,5%, ou pelo menos foi esse o número que as nossas contas demonstraram.
Na Ericeira havia a tradição da cerveja artesanal?
Tradição, não propriamente. Existiam espaços com cervejas produzidas fora e que muitas vezes comercializam o produto mas não como “prato principal”..
Qual é o vosso portefólio?
Temos 4 linhas de cerveja:
1. Cerveja artesanal – uma blonde ale, uma stout com pão saloio e uma strong ale (estilo belga).
2. Cerveja envelhecida – uma barleywine e uma doble-doble, sendo estas cervejas que demoram anos até estarem concluídas. Teor alcoólico elevado.
3. Cerveja a desenho – customizada a pedido do cliente, desde o rótulo, carica e o líquido
4. Lab Series – são cervejas mais experimentais, que lançamos no nosso Tap Room e que vamos afinando como protótipos.
Sabemos que misturam sabores inusitados!
Que sabores são esses?
Já experimentámos muita coisa diferente. Neste momento temos variantes com poejo de Reguengos de Monsaraz, tangerina da Quinta de Sant’Ana e uma cerveja envelhecida que passou por barricas de carvalho com Gin de Moscatel, acabada com café de Timor Leste.
A marca tem fabrica própria?
Tem sim, fica na Quinta da Mata, na Venda do Pinheiro.
Quem é o publico da 5 e meio?
Todas as pessoas com mais de 18 anos. Pode até parecer estranho, mas na verdade das pessoas com mais de 18 anos, as que menos público têm sido para nós, são aquelas que dizem que adoram cerveja e que só bebem uma marca há anos. Essas na verdade só gostam de um estilo e de uma marca, não de cerveja no geral. Não têm qualquer tipo de abertura a experimentar e mesmo que experimentem acabam por estar enviesadas e não de gostar e nada, pois sai fora da única referência que têm.
Estão representados no mercado internacional?
Ainda não, mas a trabalhar para isso.
Para quem não conhece, como são os rótulos das garrafas?
São rótulos com design simplista, com destaque para o nosso logotipo e para o estilo de cerveja. O papel é mesmo papel, sem plásticos, com fundo branco e as letras com cor, que difere consoante o estilo (azul, vermelho e laranja)
Como explica o crescimento das cervejas artesanais em Portugal?
O movimento português está a seguir os passos do que se passou nos Estados Unidos, apesar de mais tímido. As marcas artesanais conquistam cada vez mais público e não só pelo produto, mas também pelo estilo de vida.
Quais as grandes novidades da próxima temporada?
Na próxima temporada teremos experiências com frutas no nosso Tap Room (p.e. Ale com manga e lima) e cervejas que ultrapassam os limites da nossa perceção de amargor… mas ainda em produção, por isso não podemos adiantar muito mais…