Cerveja Nortada, a cerveja do Porto
Estão na moda, as cervejas artesanais estão a ocupar um lugar muito importante no consumo dos portugueses.
Conseguindo mesclar uma seérie de paladares diferentes!
Tal como o vinho, já há um culto da cerveja em Portugal!
Hoje vamos viajar até ao Norte para conhecer a Cerveja Nortada.
Uma conversa agradável rodeada de copos com Rui Pedro Pimenta Brand Manager da Cerveja Nortada
Como foi que nasceu a Cerveja nortada?
A Nortada nasceu pela visão do atual CEO, Pedro Mota, e do seu sócio. Inspirados pelo mercado cervejeiro internacional, que tem uma oferta muito superior ao que se verificava em Portugal e que dava sinais de que o fenómeno iria chegar a esta ponta da Europa, avançaram para a criação de uma marca de cerveja artesanal com um projeto localizado mesmo no centro da cidade do Porto.
Porque escolheram o nome Nortada?
Naturalmente pela ligação imediata à nossa origem, o Porto e Norte de Portugal mas, também, apoiados pelo facto de a nortada ser o vento de Norte que atinge toda a nossa costa e sendo Portugal um país com uma costa tão vasta, este vendaval de sabor do norte chega a todo o país e é uma identificação fácil para todos os portugueses.
Qual o portefólio?
A Nortada tem no seu portfólio fixo 14 referência. Sendo que elas se compõe por 7 cervejas clássicas onde destacamos, naturalmente, a nossa Lager e Dark Lager e a IPA (a mais vendida do mercado português) e a Weiss. Além das cervejas clássicas temos duas gamas que complementam o portfólio da marca: as Mixology e a Hop Series. A primeira gama é composta por cerveja “mixada” com produtos naturais mas menos comuns. Temos uma cerveja misturada com casca de laranja, outra com café e, por fim, uma com terpenos que simulam os aromas de cannabis. A gama Hop Series é mais especializada e com cervejas com maior foco nas propriedades do lúpulo, ditas lupuladas: uma Kveik IPA, uma Double IPA, a Hop Lager e uma West Coast IPA.
Além destas cervejas “fixas”, primamos pela inovação e quase todos os meses levamos para o nosso brewpub do centro do Porto uma cerveja de pressão dedicada a temas especais como o Oktoberfest ou, mais recentemente, o Natal.
Como explica a explosão de tantas marcas de cerveja artesanal?
Pelo ponto que referi anteriormente, da expansão do mercado cervejeiro fora de Portugal, e por outro lado, a procura do público em geral por produtos alternativos e novas experiências cervejeiras. Hoje vemos que surgem micro cervejeiros com uma grande frequência e isso é bom para o mercado, aumenta o nível de exigência e traz para “cima da mesa” produtos alternativos que obrigam a alargar o espectro.
Sinto que há um grande trabalho de imagem em relação à marca, é fundamental esse investimento?
Claro que sim. Sabemos que o setor está em crescimento e queremos impulsionar esse crescimento. Para isso, temos de ser capazes de entregar ao consumidor uma promessa, uma imagem apelativa que despolete a intenção de experimentar porque depois de experimentarem os nossos produtos, a confiança na qualidade dos mesmos permite-nos acreditar que passamos a ser parte das escolhas.
O que distingue uma cerveja industrial de uma artesanal?
Há várias teorias e aquelas que “balizam” no mercado é a produção, em litros, de uma determinada cerveja. Ainda assim, o mercado internacional mostra-nos que há muitas marcas/empresas que continuam a ser artesanais porque fazem aquilo que nós continuamos a fazer: produzir a melhor cerveja com as melhores matérias primas. As generalidade das cervejeiras artesanais não recorrem a xaropes, extratos ou outro tipo de matéria que não a água, lúpulo, malte e levedura para produzirem cerveja. É aí o grande ponto de diferenciação para o mercado industrial.
É fácil de produzir uma cerveja artesanal?
Só posso falar da nossa realidade e podemos dizer que sim. A nossa estrutura está preparada para grandes produções e tem um nível de exigência grande que facilita a produção de cerveja. Temos um investimento grande na nossa fábrica e muitas das nossas “ferramentas” são do melhor que há na Europa o que nos permite manter altos níveis de rigor na produção sem que a tarefa seja dificultada. Logicamente que esta realidade pode não ser igual para todo o mercado e que o nível de dificuldade está inversamente relacionado com a qualidade das ferramentas que temos à disposição.
Como é o momento da criação?
Erram muito até chegar a um novo sabor?
Antes da produção temos a ideação e o objetivo a atingir, seja um ajuste a uma receita, seja um produto novo e, habitualmente, esse processo passa pelas mãos da nossa mestre cervejeira que define o plano todo desde a receita ao momento da prova. Não erramos com muita frequência, desde que a receita esteja fechada o processo de produção é facilitado pela capacidade da nossa fábrica mas, ao longo do tempo, vamos ajustando receitas e há produtos que são mais bem aceites que outros pelo mercado – mas faz parte!
Quem é o publico da Nortada?
O público da Nortada quer-se exigente e com foco primordial na qualidade. Ainda que a nossa cerveja seja um produto facilmente massificado, habitualmente definimos o nosso público-alvo nos jovens adultos e adultos, de classe social média-alta a alta.
A cerveja nortada vai bem com o quê?
Vai bem com tudo! A Nortada, com o seu vasto portfólio, tem elasticidade para encaixar com qualquer tipo de comidas. Desde uma “habitual” Lager para acompanhar com uma francesinha, a uma IPA para acompanhar pratos mais picantes como um frango de churrasco ou uma Imperial Stout que harmoniza muito bem com chocolates.
Estão representados no mercado internacional?
Estamos. Felizmente a Nortada já conseguiu quebrar a “barreira” da fronteira e tem expressão fora de Portugal em países como França, Suíça, Canadá ou EUA. Naturalmente que estamos presentes em Espanha e, a curto prazo, estaremos a trabalhar essa expansão para novos países.
Onde ficam as instalações da Nortada?
No centro da cidade Invicta. Paralelos à Avenida dos Aliados na Rua Sá da Bandeira nº210.
O que estão a preparar para os próximos tempos?
Preparar o ataque ao mercado. Passámos dois anos difíceis com o fecho de grande parte do canal On Trade e, nesta fase, o mais importante é consolidar a operação para chegarmos com a máxima qualidade ao cliente em todos os canais mas especialmente no On Trade que teima em não reabrir na plenitude. Além do On Trade, a loja online do nosso site e o Off Trade são canais em que o objetivo continua a ser crescer gradualmente e que nos permitem chegar a todos os portugueses (e não só) com alguma facilidade mesmo com o On Trade condicionado.