Cerveja Luzia
As cervejas artesanais chegaram para ficar, fazendo já alguma concorrência as cervejas industriais.
Mesclam sabores, são criativos e acaba por ser um negocio fácil de começar.
Já me passou pela cabeça de criar a minha própria marca, mas o facto é que me dá muito mais prazer explorar o que os nossos produtores andam a fazer.
Hoje vim provar a cerveja Luzia e conversar com a sua fundadora e proprietária Patrícia Fernandes:
Como foi que nasceu a Cerveja Luzia?
A cerveja Luzia começou oficialmente em 2015 mas a sua primeira aparição foi em 2014, numa mostra de sabores da nossa freguesia. O presidente da junta de freguesia sabia que produzíamos cerveja em casa e incentivou-nos a levar para a mostra e foi um sucesso. Esse foi o grande passo para o lançamento da marca.
Sabia alguma coisa do mundo da cerveja?
Nós (eu e o meu namorado, Rúben Almeida, também é um dos fundadores) começámos a fazer cerveja em 2012 quando éramos estudantes universitários de enologia. Não sabíamos nada de cerveja além de sermos apreciadores. Se tínhamos já o conhecimento base sobre fermentações pensamos que não ia ser muito diferente fazer cerveja em vez de vinho. As primeiras vezes que produzimos não saíram cervejas agradável ao palato. Com o tempo fomos apercebendo dos erros e estudando mais o assunto.
O que fazia no passado?
Quando fundámos a Luzia ainda era estudante e quando saí da universidade passou a ser o meu trabalho a full-time.
Onde foi buscar inspiração para o nome?
A primeira produção que fizemos foi na Rua de Santa Luzia e ficou o nome da rua.
Qual o portefólio da cerveja Luzia?
Actualmente temos:
– Italian Grape Ale, uma cerveja feita com sumo de uva, um híbrido em cerveja e espumante;
– Imperial Stout, cerveja forte preta com cacau e café;
– Strawberry Beet Sour, uma cerveja ácida com beterraba e um toque de morango;
– Dry Hopped Sour Ale, também é ácida e é elaborada com maracujá e a técnica de dry hopping.
Costumamos ter várias edições limitadas durante o ano.
Já estão com representação internacional?
Em que mercados?
Só costumamos ter as nossas cervejas no estrangeiro em situações esporádicas e para já só na Europa.
Quem é o público da Cerveja luzia?
Eu não tenho muito contato com o consumidor final, mas penso que são pessoas curiosas para descobrir novos aromas e novas sensações.
Como explica o sucesso da cerveja artesanal?
Somos um povo que a tradição é o vinho!
O vinho e a cerveja são duas bebidas que cada uma tem o seu lugar e uma não ocupa o lugar da outra. A cerveja artesanal é muito versátil. Existem muitos estilos diferentes e assim consegue agradar um espectro mais alargado de pessoas.
Como é o processo de criação de uma nova cerveja? Há muitos erros pelo meio?
O processo de criação é espontâneo! Às vezes sentir algum aroma, provar alguma comida e pensar “Isto ficava bem numa cerveja!” Muitas vezes é por tentativa de erro. Com o tempo já conseguimos prever alguns erros mas continuam a acontecer.
A vossa cerveja vai bem com o quê?
Pessoalmente adoro cerveja acompanhada com cerveja. Dependendo um pouco do estilo, por exemplo, a Gose com ostras fica divinal ou a Imperial Stout com um bolo de chocolate.
Tem loja física? Onde fica?
Não temos loja física. Se quiserem adquirir as nossas cervejas existem lojas, bares e restaurantes de norte a sul do país com as nossas cervejas.
Como está a lidar com a pandemia, o consumo baixou?
Deu para descansar um pouco já que o consumo baixou um pouco mas já se nota a voltar à normalidade
O que está a sair em breve?
A próxima novidade vai ser uma colaboração com a Mickas Craft Beer e também brevemente vamos ter umas stouts um pouco diferentes