
“O Diário do Meu Desaparecimento” de Camilla Grebe
Foi uma colega de trabalho que me ofereceu O Diário do Meu Desaparecimento, de Camilla Grebe.
Disse-me que era um policial leve e de leitura fácil.
De facto, é um livro de leitura fluída, graças ao ritmo acelerado da narrativa, mas de leveza tem pouco.
Nada sabia sobre a autora, apenas descobri depois que Camilla Grebe, sueca de nascimento, escolheu Cascais como lugar para viver. Ao que parece, trocou o frio gélido do Norte da Europa pelo clima mais ameno de Portugal.
Quanto ao livro, deixou-me inquieto. Retrata a vida de refugiados no país de acolhimento, muitas vezes marcada por condições miseráveis.
A autora descreve com mestria a vida numa pequena aldeia sueca, senti o frio escandinavo em cada capítulo. A descrição dos espaços é, sem dúvida, uma das suas grandes qualidades.
A narrativa é rápida, repleta de diálogos.
Cada capítulo tem o nome de uma personagem e é narrado na primeira pessoa, permitindo ao protagonista assumir o controlo da história. Essa técnica conquistou-me.

Gostei do que li, sobretudo porque, apesar de ser um policial, há uma forte dimensão emocional nas personagens.

