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Squid Game
É a série mais vista do momento em pelo menos 90 países de todo o mundo. A série sul-coreana lidera, por exemplo, o top diário da Netflix em Portugal, Estados Unidos, Argentina, Brasil. E é curioso, pois a peça central da série é o dinheiro. Por isso, no fundo, a série é uma grande crítica social. É sobre a sociedade capitalista. Os jogos são extremamente simples e fáceis de entender. Isso permite que os espetadores se concentrem nos personagens, em vez de se distrair tentando entender as regras. Muito incomodativo. Parece estranho afirmar que uma série com tantas características desagradáveis tem cativado milhões de pessoas em todo o mundo que, durante nove episódios, não são capazes de tirar os olhos do ecrã. Talvez porque diga alguma coisa sobre todos nós e muita coisa sobre alguns em particular. Em “Squid Game”, os jogadores usam todos o mesmo tipo de fato de treino…
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Dias Perdidos – Flag Day
O filme Dias Perdidos tem banda sonora do Eddie Veder vocalista dos Pearl Jam de que gosto muito. Conta a história verídica de John Vogel que chegou a cumprir pena de prisão por assalto, mas tornou-se o falsificador mais famoso da história dos EUA, por contrafazer sozinho quase 20 milhões de dólares. Mais não conto. Bons planos, boa imagem mas a história arrasta-se por vezes. História dramática. Estreado no Festival de Cinema de Cannes, onde esteve em competição pela Palma de Ouro, é um filme dramático escrito por Jez Butterwort, que tem por base o livro de memórias “Flim-Flam Man: The True Story of My Father’s Counterfeit Life”, escrito por Jennifer Vogel. Com realização de Sean Penn, que também veste a pele de protagonista, o filme conta com Dylan Penn (filha de Sean), Tom Anniko e Mitchell Nguyen-McCormick. Já a banda sonora é da responsabilidade de Cat Power, Glen Hansard…
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The Night Of -HBO
Nesta semana procurava algo para ver e tropecei em The Night Of! Incrivel como tudo o que a plataforma HBO tem é de qualidade!! The Night Of estreou em 2016, mas só agora chegou a Portugal. A serie era para ser interpretada por James Gandolfini (o soprano), mas com o ator faleceu de uma forma inesperada, acabou por ser convidado primeiro Robert De Niro e depois a escolha recaiu em John Turturro (que faz um belo papel) Em homenagem ao ator falecido, o seu nome aparece no genérico. Após ter passado a noite com uma mulher desconhecida, um homem acorda e encontra a sua companheira de uma noite esfaqueada até a morte e é acusado de tê-la assassinado! Tensão é a palavra de ordem! Onde se sente as lutas raciais numa américa pós 11 de Setembro, já que o protagonista é paquistanês. Comecei a ver e só parei no fim! Imperdível!
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007 – Sem Tempo Para Morrer
Independentemente dos olhos azuis e do cabelo loiro, Craig é o ator que tem mais afinidades com a primeira versão cinematográfica de James Bond, ou seja, com o favorito Sean Connery. Por causa do físico: Connery era praticante do culturismo e Craig confessou-se atraído para o papel também pela exigência atlética. O apelo da ação e os peitorais de ambos foram, e são, a prova dessa tendência. A história de Sem Tempo Para Morrer é de muita ação. Há já cinco anos que James Bond deixou o MI6, os serviços secretos britânicos, e se esforça por ter uma vida normal na Jamaica. Mas quando Felix Leiter (Jeffrey Wright), um velho camarada, lhe pede ajuda numa missão de resgate de um importante cientista, ele vê novamente a sua vida virada do avesso. Esta 25.ª aventura cinematográfica da mais conhecida personagem criada por Ian Fleming conta com assinatura de Cary Joji Fukunaga…
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Rifkin´s Festival
Adorei muitos dos filmes de Woody Allen. Bem feitos, com diálogos empolgantes e mesmo que fossem críticas aos nossos comportamentos vinha do cinema a rir ou a sorrir. Mas a idade não perdoa. Parece que o realizador perdeu o entusiasmo e este filme não tem graça. Curtindo mas para mim foi um tédio e até fiquei com sono. Vamos a história: Mort Rifkin, crítico de cinema nova-iorquino, decide acompanhar Sue, a mulher, ao Festival de Cinema de San Sebastian onde ela faz assessoria de imprensa. Lá, ele apercebe-se de um excesso de cumplicidade de Sue com Philippe, um jovem, talentoso e muito atraente realizador francês, tido como um dos preferidos ao grande prémio do certame. Depois de um ataque de pânico, Mort conhece Dra. Jo Rojas, com quem imediatamente cria grande empatia e que, tal como ele, atravessa um mau momento no casamento. Mais não conto! O filme é previsível…
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Kiki Van Beethoven
Hoje fui conhecer a sala principal do Teatro Meridional em Marvila e assistir a um monólogo interpretado por Teresa Faria, adaptado de um texto de Éric-Emmanuel Schmitt, popular escritor e dramaturgo belga, de origem francesa, com obras traduzidas e encenadas em mais de 40 países. A peça chama-se “Kiki Van Beethoven” e a protagonista é uma mulher na casa dos 70 anos que vive junto de velhas amigas numa residência sénior. Todas elas compartilhavam o amor pela música, especialmente pela de Beethoven mas, subitamente, deixaram de a ouvir, até que uma máscara do compositor, encontrada por acaso num mercado de rua, vai mudar a vida destas amigas. Uma história simples, profunda e cheia de humor, que é capaz de nos levar do riso às lágrimas, que mexe em assuntos que doem e nos fazem pensar. Ainda assim, um texto que nos consegue agarrar ao que vai acontecendo no palco durante os 90 minutos,…
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Cry Macho – A Redenção
Este deverá ser um dos últimos filmes deste grande actor e realizador Clint Eastwood. Infelizmente esta demasiado velho, frágil e estive sempre a espera que ele se partisse todo. Claro que o filme e também sobre a velhice mas fiquei algo incomodada. A música e belíssima, os grandes planos também mas falta algo. Talvez não devesse acabar tudo bem. Há um galo que faz um papelão e a história passa-se em 1979, quando o criador de cavalos Mike Milo, que em tempos foi uma estrela dos “rodeos” mas hoje está acabado, é contratado pelo ex-patrão para viajar pelo México e resgatar o seu filho. É esta a premissa desta adaptação do romance de N. Richard Nash, editado em 1975. O filme é protagonizado e realizado por Clint Eastwood, que se junta ao estreante Eduardo Minett no papel do miúdo que ele tem de ir buscar e ao também cantor-compositor country…
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O Mercador de Livros
Um romance que é uma homenagem aos livros! Uma leitura empolgante que nos faz viajar ao passado, aos anos que se seguiram ao descobrimento da América e à invenção da imprensa, onde a palavra impressa se assumia como uma arma poderosa. Escrito por Luis Manuel Zueco, novelista, historiador, investigador e fotografo espanhol, premiado com a Menção Honrosa no Prémio Internacional de Saragoça, Prémio de Melhor Triller Histórico e Melhor livro Altoaragonés do ano. Nesta viagem de 606 páginas cheia de peripécias, o leitor vai ficar preso às sucessivas aventuras de um jovem sonhador, em pleno século XVI, amante de leitura e de grandes obras literárias que marcaram uma época e que por força das circunstância começa a trabalhar como mercador de livros. Antuérpia, Saragoça e Sevilha são as cidades escolhidas pelo autor para narrar uma história de amores e desamores, de amizades, de intrigas e mistérios, baseada em factos históricos…
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Aniki Bobo – Manuel de Oliveira
Ao ar livre com uma noite magnífica revejo o filme Aniki Bobo nas termas de São Pedro do Sul. As pessoas interessadas e entusiasmada por verem um filme português e cheio de emoção. A primeira longa-metragem de Manoel de Oliveira, Aniki-Bóbó, estreou-se em 1942. O filme mostra as aventuras e os amores de rapazes pobres da cidade do Porto. É uma imagem linda pelo olho da camara de Manuel de Oliveira, que recua à década de quarenta, em plena 2. Guerra Mundial. Por outras palavras, Aniki Bóbó realça a paixão de um tímido rapaz por uma rapariga da sua escola, paixão que o fará ultrapassar os limites ao roubar uma boneca que custa 30 escudos e ele não os tem e viver com a culpa do seu gesto. Nessa história está envolvido um triângulo amoroso em que a Teresinha o Carlitos e o Eduardo são os personagens principais. O Carlitos é um rapaz alto e sereno, vizinho da Teresinha, que dela não…