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HITnRUN Phase Two – Prince
Foi por mera sorte que tropecei no último disco de Prince antes do seu desaparecimento. Em 2015 passou totalmente ao lado. Nos últimos dias tenho devorado esta despedida. Falo em despedida porque parece ser mesmo um disco de adeus, já que são inúmeras referências a toda a obra do artista. A meio de uma música deste disco, podemos encontrar um acorde, um arpejo, uma fase do passado. É genial, tem a capacidade de se rodear dos melhores músicos disponíveis. Está carregado de sentimento, com um groove único. Nesta despedia, Prince mistura de uma forma inteligente várias sonoridades, que passam pelo funk, pop, R&B e até rock. Os metais marcam o ritmo das canções. É o trigésimo nono álbum de estúdio do artista e o último a ser lançado em vida. É um disco imperdível, para ouvir de uma ponta a outra de sorriso aberto. Prince era o maior, dos poucos…
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Marmelada de Maçã Reineta
No outro dia fui surpreendido com um presente de uma amiga do trabalho. Uma marmelada de maçã reineta, nunca tinha ouvido falar, mas fiquei rendido. Há uma empresa das Caldas da Rainha que começou a produzir, chama-se Bombondrice Chocolates e Bombons. É uma loja que só vende produtos artesanais, de qualidade. Não conheço o que fazem para além da marmelada, mas como cartão de visita é muito bom. Um produto que acaba por não ser excessivamente doce, que agora uso regularmente no meu pequeno almoço, a acompanhar um croissant. Engraçado é que não existe marmelada de maçã reineta, teríamos de mudar o nome para “reinetada”. Este espaço fica na Praceta António Montez, Nº 8 R/C Esq, 2500-112 Caldas da Rainha, Portugal. Mas podemos fazer as encomendas online.
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Massa Mãe – Pão Artesanal
Num deste sábados de manhã perdi-me no bairro de Benfica. Descobri com uma amiga de trabalho uma padaria artesanal. A 100 metros do local já se começa a sentir o cheiro maravilhoso do pão no formo. A Massa Mãe produz pão de qualidade, utilizando produtos de muita qualidade. Quem me atendeu, recebeu-me com um grande sorriso e recomendou-me ligar primeiro para encomendar. Comi uma baguete que estava muito estaladiça. Ainda tive direito a um pouco de uma broa de milho, já que quase tudo eram encomendas. A broa estava ótima, sem sentir o peso da farinha. Sei também que uma das especialidades é a Focaccia de Fermentação Natural com Batata e Infusão de Azeite, mas que não estava disponível naquela manhã. Sem dúvida que o pão é a base da nossa alimentação, mas acabamos por nos habituar ao que os supermercado oferecem, que grande parte das vezes não é de…
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Invisível de Paul Auster
Paul Auster, tem tanto de genial com de perverso. Peguei neste livro por ser fã do autor e sem saber o que me esperava. Tem uma técnica poderosa, onde o leitor fica agarrado à história. Desta vez a minha supressa foi a relação incestuosa entre dois irmãos. Não estava preparado para as descrições das cenas de sexo. O livro desenrola-se entre as cidades de Nova Iorque, Paris e uma ilha nas Caraíbas. As angustias dos escritores, as suas frustrações e inquietações. As dúvidas surgem em tentar saber o que é realidade e o que é a fantasia do escritor. Três narradores contam uma história que se cruza. Que começa na década de 60. Um rapaz de faculdade é abordado por um casal mais velho que lhe propõe produzir uma revista literária. Mais não devo contar. Não é a obra mais importante deste autor, mas vale a pena ler.
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Granja Amareleja
Disseram-me que era um vinho muito bom e a preço muito razoável. Num destes dias tropecei no Granja Amareleja num corredor de vinho de uma grande superfície. Por cerca de 7 € levei para casa, esperando por uma ocasião com amigos para abrir a garrafa. Um amigo decidiu cozinhar lá em casa um prato marroquino e em boa hora abri a garrafa. Vinho intenso, com aroma a madeira e chocolate. É equilibrado na boca com sabor a fruta madura. Uma escolha certa para um prato meio apimentado. Vinho de 14 graus, mas não se sente nada o peso do álcool. O Granja Amareleja é um puro vinho alentejano, um vinho com o sabor tradicional da zona, onde a madeira é bem vincada. Adorei e vou repetir a experiência.
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Restaurante “D’ Bacalhau”, Parque das Nações
Reabriu o D’ Bacalhau no Parque das Nações. Está de cara lavada, mais luz e com aproveitamento para as salas do primeiro andar, que agora estão preparadas para receber grupos. A noite estava fria, mas mal entrei senti um conforto, a temperatura na sala estava ótima. Estou no paraíso do bacalhau, tudo neste espaço é uma dedicatória ao peixe mais consumido em Portugal. O restaurante D’ Bacalhau está em todos os guias, por isso não era de estranhar ser dos poucos Portugueses no local. Para começar provei o famoso pastel de bacalhau, acabados de fazer com uma boa textura. Para acompanhar a refeição o chef Júlio brindou-me com uma maravilhosa garrafa de vinho do Tejo “Félix Rocha“, de cor rubi e bem intenso. Foi sem dúvida a escolha certa. Como entrada fui mais uma vez surpreendido com um mix ao alhinho, camarões, polvo e bacalhau. A surpresa é juntar tudo…
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“Um Cão no Meio do Caminho” de Isabela Figueiredo
Há muito tempo que não me sentia tão surpreendido com a forma de escrita de uma autora. Isabela Figueiredo escreve com uma carga emocional gigante. Quando acabei este “Um Cão no Meio do Caminho” tive de sair de casa para apanhar ar, não porque acabe mal, mas por causa da intensidade da sua escrita. Este livro é sobre a solidão. Uma solidão causada pelas contingências da vida. Dois vizinhos acabam por se ajudar e tornar a solidão menos penosa. Ao mesmo tempo vamos acompanhado um Portugal em ebulição após a revolução de Abril. Isabela tem uma escrita fácil, capítulos pequenos, parágrafos curtos e uma emoção na ponta da caneta. É uma escritora obrigatória. Sinto que terá tido uma existência muito sofrida e isso é revelado na sua escrita. Li dois livros desta autora em janeiro o que prova quanto gostei. Obrigado, Isabela.
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Nickelback – Get Rollin
Os Nickelback estão de volta com um disco novo. Fiquei muito desapontado quando no festival da Ilha do Ermal a banda canadiana foi corrida do palco à pedrada. Estes membros do público mostraram uma falta de respeito por quem pagou bilhete para ver os ver. Este novo disco mostra um naipe de canções. Um formato que os Nickelback dominam como ninguém. Uma intro rápida, refrão orelhudo e canções poderosas. É um verdadeiro prazer passear o meu cão embalado com estas novas canções. Dou por mim aos pulinhos enquanto desfruto deste disco. O rock é a sua génese, mas sinto muito a música tradicional americana, cheia de influências que passam pelo folk, alternativo, grunge, mas sem dúvida que a maior marca é o hard rock. Get Rollin, demostra que o rock está vivo e de saúde. Para ouvirem com o volume bem alto a passear o vosso cão.
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“A Violoncelista” de Daniel Silva
Daniel Silva tem um formato ganhador. Tudo o que escreve é igual, encontrou um caminho e toda a obra vive do mesmo. Há os maus, que podem ser Muçulmanos ou Russos. Há os bons, são sempre os Israelitas e Americanos. Nada contra a linha inventada, mas efetivamente basta ler um livro para entender como escreve. Há ação, há romance, os diálogos são a força da narrativa. Admito que me aborreci por não existir surpresa no desenrolar dos acontecimentos. Em “A Violoncelista” a trama desenvolve-se na lavagem de dinheiro vindo dos oligarcas russos, Há uma violoncelista que mete a sua vida em risco para desenrolar este complicado esquema de transferências de dinheiro. Este romance acontece em plena pandemia, foi o primeiro livro que leio onde se sente o peso do confinamento, o uso da máscara, o distanciamento social. Elementos que fizeram parte da nossa vida, mas quase esquecemos. Para ler e…