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A Cadeira Gonçalo
Uma cadeira nascida e pensada em Algés em 1953, e é uma cadeira portuguesa. Está em todo lado, nas esplanadas e já nem reparamos nela. O design é do mestre serralheiro português Gonçalo Rodrigues dos Santos e está espalhada pelo mundo fora. Pensada para facilitar a empilhamento na abertura e fecho das esplanadas. São projetadas para durarem muito tempo, são resistentes e a utilização do aço faz a diferença. É capaz de ser a cadeira que mais portugueses se senta. As esplanadas, de norte a sul do país, estão cheias destes elementos verdes de aço inox lacado. O barulho metálico é inconfundível. Arrasta para aqui, arrasta para ali. Puxar uma cadeira desta natureza requer perícia, um pouco de força mas, à medida que nos familiarizamos com ela, adquire-se uma certa sensibilidade empática e o puxar torna-se mais leve, mais fácil. A cadeira tem um nome Gonçalo. Sim, é uma cadeira…
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Bonecas
Estamos quase no Natal e fiquei muito contente por ver a venda as bonecas Loretas. Uma bela prenda para quem gosta da diversidade e da diferença. Loretas são uma coleção de 4 bonecas assentes nos princípios da diversidade cultural e representativas do nosso planeta pelas quatros estações do ano. Cada Loreta está ligada a uma estação através de uma pequena história que os mais novos irão adorar conhecer. Cada Loreta inclui um conjunto de roupa interior, uma fita de cabelo, um macacão e um par de sapatos feitos à mão em Portugal em tecido Gauze 100% Algodão. A embalagem extra resistente é feita de cartão reciclado. Num país onde mais de metade dos brinquedos são iguais e estereótipos da sociedade, a mãe de Luana não conseguia encontrar uma boneca que cumprisse os desejos da filha. “Apesar de, hoje em dia, já existirem alguns bonecos negros e com traços africanos ainda…
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Xutos e Pontapés – A Minha Maneira Vol. II – 2000-2020″
O nascimento oficial dos Xutos & Pontapés aconteceu a 13 de janeiro de 1979, no salão de baile dos Alunos de Apolo, em Lisboa, numa noite em que tocaram quatro músicas em pouco mais de cinco minutos. Na altura, o grupo, que chegou a chamar-se Delirium Tremens e depois Beijinhos & Parabéns, integrava os jovens Zé Pedro, Kalú, Tim e Zé Leonel, influenciados pelo punk-rock que entrava em força na cena musical estrangeira. Quarenta e um anos depois, o grupo persiste na música portuguesa com mais de uma dezena de álbuns e muitas canções que tocam várias gerações. O segundo volume da autobiografia dos Xutos & Pontapés, “À Minha Maneira”, conta a história da banda desde 2000, percorrendo 20 anos de “grandes sorrisos” e também “muitas lágrimas. A jornalista e autora diz :”Se o primeiro volume era uma narração de uma escalada e de uma assunção da banda, este é…
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Prova vertical de vinhos!
A Casa Relvas é um projeto familiar que teve inicio em 1997 e conta já com a dedicação de duas gerações. A empresa gere cerca de 350 hectares de vinha e produz 6 milhões de garrafas por ano, 70% das quais são exportadas para mais de 30 países. Nos últimos 10 anos os vinhos conquistaram mais de 300 medalhas em concursos internacionais e tem recebido elevadas pontuações da imprensa especializada. Agora a Casa Relvas lançou um vinho que reúne 15 colheitas. Um resumo da história da empresa e uma espécie de prova vertical numa só garrafa. Numa “prova vertical” são provados diferentes anos de produção de um mesmo vinho! Põem-se várias garrafas em cima da mesa e, assim, a ideia é constatar a evolução de uma referência ao longo dos anos , e como há anos mais quentes e anos mais frios, outros mais secos ou chuvosos, sendo que o…
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Pelos Caminhos Assombrados de Portugal
Vanessa Fidalgo nasceu em Lisboa em 1978 e há mais de 20 anos que está ligada ao jornalismo. Começou pelo Correio da Manhã e já fez guiões para televisão e também trabalha na área da multimédia. O livro pelos Caminhos Assombrados de Portugal, Mitos e Lendas, é uma especie de manual sobre histórias de lendas, bruxas e fantasmas que vão passando de boca em boca, mas que lá fundo ninguém sabe se são verdadeiras! Mas o certo é que se tornam a identidade de uma comunidade, região ou cidade. O livro causou-me espanto pelas histórias mais estranhas, algumas hilariantes que correm por este País fora. Fala-se de Roteiros de Amores Trágicos, e de Sítios dos Sustos, que é melhor fugir a sete pés. Boa leitura, interessante e sempre ficamos mais ricos em informação! Sabem o significado do Galo de Barcelos? Não? Então comprem o livro e ficam a saber.
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Cozido à Portuguesa
Este prato tradicional começa a entrar no gosto dos portugueses a partir do século XVII, vindo de Espanha mas com uma ligeira nuance: sofreu a inclusão dos enchidos nacionais como a chouriça de sangue, o salpicão, o presunto e o toucinho entremeado, ganhando uma “alma” diferente. Gosto de cozido todos os dias. E já estou com água na boca só por estar a falar nele. Pode-se comer cozido em qualquer dia da semana , mas o domingo é quase consensual ser o dia de comer um bom Cozido a Portuguesa. É um prato típico de Portugal e é capaz de encher o estômago dos apetites mais vorazes, e até empanturrar. Não é um prato leve . Geralmente, é servido numa travessa bem grande, deixando à vista a variedade de carnes, enchidos e legumes que lhe dão forma. O “cozido à portuguesa” já perdeu a conta dos séculos que tem, sendo…
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As Pintarolas!
Fui fazer compras ao supermercado e logo à entrada estão centenas de embalagens, caixas e caixinhas de chocolates para serem comprados e oferecidos no Natal. Parei onde estavam as Pintarolas, drageias, ou uma espécie de comprimidos de chocolate de leite, pinceladas com 7 cores diferentes. As cores berrantes e vivas são feitas de açúcar e corante. Apetece abrir a embalagem e encher a boca com as Pintarolas. Trinca-las ou deixar desfazerem-se na boca é muito bom. O chocolate de leite é de boa qualidade e sabe muito bem. Fiquei a saber que é na fábrica Imperial, em Vila do Conde, que há 40 anos se produzem milhares destas bolas. Também da mesma fábrica Imperial, lá estavam a venda, a tal máquina de furos que a criançada adora e me fascina ver as crianças e adultos a jogar, a fazer os furinhos e a ganhar sempre um presente. É um jogo…
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O bolo rei
Aqui somos de extremos: os portugueses gostam ou detestam o Bolo Rei. Mas quando o assunto são as tradições de Natal portuguesas, é impossível deixar de mencionar o famoso Bolo-Rei, uma iguaria que já se desfaz na boca dos portugueses durante a quadra natalícia há mais de 100 anos. No entanto, desenganem-se aqueles que acreditam que o Bolo-Rei tem origem em Portugal. Apesar da receita que hoje conhecemos ser tão típica e característica do nosso povo, a verdade é que o Bolo-Rei foi adotado por nós. De acordo com a lenda, o doce representa os três reis magos – Gaspar, Belchior e Baltazar – e os presentes que estes levaram ao menino Jesus no dia do seu nascimento. Assim, a côdea do bolo simboliza o ouro, as frutas cristalizadas representam a mirra e o aroma o incenso. De forma redonda, com um buraco no centro, é feito de uma massa…
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Ponte D. Luiz
Já atravessei algumas vezes a ponte D. Luiz I sempre de carro, e sinceramente não fazia ideia como é reconhecida pela sua beleza pelo mundo. Projetada por Théophile Seyrig, engenheiro belga e discípulo de Gustave Eiffel, foi inaugurada em 1886 e possui o maior arco em ferro forjado do mundo. Uma verdadeira obra de arte e um símbolo indiscutível da cidade do Porto. Cinco anos depois, a Ponte Luiz I revalida o seu título e continua a figurar entre as quinze pontes mais bonitas da Europa. A eleição feita pela European Best Destinations, coloca ainda a Ponte 25 de Abril e a Ponte Vasco da Gama, em Lisboa no ranking. Foi em dezembro que a Ponte Luiz I revalidou esta classificação pela mão da European Best Destinations, uma organização europeia de consumidores e especialistas que promove o turismo e a cultura na Europa, com sede em Bruxelas. A ponte que…