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Circo!
Natal conjuga bem com uma ida ao Circo Cardinalli. Chovia que se fartava mas isso não me demoveu. O espetáculo era para os trabalhadores da RTP e estava quase cheio. Não sabia era que ia ser filmado e o que ia acontecer. Não houve dinâmica nenhuma e lá eu e todos eramos obrigados a aplaudir e a berrar: Uau, Oh! Quando um animador assim achava conveniente. Se não tivesse levado para a brincadeira tinha ido para casa e desistido. Entrando no esquema, vimos números de circo repetidos, momentos que a luz se apagava e ficávamos às escuras, cantores a repetir uma canção duas vezes e pausas que desmotiva qualquer espectador. Propriamente do circo vi um número de malabaristas negros formidável e os trapezistas brasileiros muitos bons. Saímos de lá perto da 1 da manhã, ainda o espetáculo ia a meio. Agradeço imenso a quem me convidou, mas confesso que…
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A Cergal
Numa pequena tasca de Nossa Senhora de Machede bebi uma cerveja Cergal que há muito não a via à venda. Gostei muito. Sobre esta Cergal o aroma pareceu-me simples, pouco doce e ligeiramente a cheirar ao lúpulo. A aparência muito empática, amarela e límpida e o melhor foi o sabor com aspereza muito leve que passou pela garganta dando um prazer maravilhoso. A Cergal em 1972, veio modificar o conceito de cerveja, porque não é nem doce como a Super Bock, nem pesada como a Sagres. A Cergal é um cerveja com um preço convidativo e disseram que é produzida com as sobras da produção da Sagres. Será? Sem se ter qualquer informação esta cerveja desapareceu, mas as boas cervejas que hoje se fazem em Portugal, muito devem à Cergal, as do tipo Pilsner, que hoje a Central de Cervejas, julgo que para manter o direito à marca, a faz…
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Chá Green Aroma
Vou muitas vezes a Nossa Senhora de Machede, uma Aldeia com cerca de 1.200 habitantes que pertence ao distrito de Évora. Muito sossegada, com as casas pintadas de branco e as pessoas simpáticas. A caminho do Café Central onde ia almoçar, encontrei uma mercearia nova com um pequena esplanada toda catita. Entrei e fiquei agradavelmente surpreendida pela simpatia do proprietário Hugo Reis. Comprei uns chouriços e painhos da região, mas os meus olhos fixaram-se numa prateleira onde estavam umas pequenas embalagens de chá para diversas necessidades com uma belíssima apresentação. O chá escolhido foi linden Flowers para se conseguir ter um sono mais tranquilo. Cada pacote contem apenas 30 grs. O preço foi 6.99€, carote. A tinta com que os pacotes são feitos chegam do Japão e é altamente amiga do ambiente. Fiquei a saber que marca é Green Aroma, que é uma empresa agrícola de produção e transformação de…
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O meu livro!
Luís Sepulveda – História de uma gaivota e do gato que a Ensinou a Voar Quando saiu o livro de Luís Sepulveda com o belo título: “História de uma gaivota e do gato que a Ensinou a Voar,” que conta a história de Zorbas um gato preto e gordo, pensei que tinha de comprar o livro. Mal eu sabia que o livro me traia estados de alma variados! Comoção, apreensão e respeito pelo compromisso das promessas dadas. A história é uma fábula que pode muito bem ser uma história de todos nós! Uma gaivota apanhada por uma maré negra de petróleo deixa ao cuidado de Zorba, antes de morrer, o ovo que acabara de pôr. Todo o livro é poesia pura. Os diálogos entre os grupo de gatos que ajudam a pequena gaivota a crescer, a alimentar-se é comovente. Que se tornam pais da gaivota e lhe ensinam que muitas…
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Criptomoedas
Que raio é isso? Muito receio e muita pouca informação deixa-me desconfiada. Genericamente uma criptomoeda é um tipo de dinheiro, tal como outras moedas com as quais convivemos todos os dias, com a diferença de ser totalmente digital. Além disso, ela não é emitida por nenhum governo. Mas isso é possível? Para explicar que sim, Fernando Ulrich, notável economista formado na Áustria e especialista de criptomoedas no Brasil é o autor do livro “Bitcoin: A moeda na era digital”. No livro para leigos como eu, gostei da analogia bem simples que ele faz: “O que o e-mail fez com a informação, o Bitcoin fará com o dinheiro”. Antes da internet, as pessoas dependiam dos correios para enviar uma mensagem a quem estivesse noutro sítio. Era preciso um intermediário para entregá-la fisicamente. Isso agora já é inimaginável . Embora o Bitcoin seja a moeda digital mais conhecida, o conceito de criptomoeda…
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A voz do amor
Gostei deste filme que não tem pretensões de obra prima. No Quebec, Canada na década de 1970. Aline Dieu personagem inspirada na cantora Céline Dion, é a mais nova dos 14 filhos de um casal que fazem o que podem para sobreviver a cada mês. A jovem tem um verdadeiro talento para cantar. Um dia, é descoberta por Guy-Claude inspirado em René Angélil, um produtor experiente que encontra nela tudo o que é preciso para singrar na música e decide lançá-la. Com o passar do tempo, e apesar da grande diferença de idades, a relação entre os dois extrapola a questão profissional. Mas não tarda até Aline perceber que o caminho do sucesso não é linear e implica grandes sacrifícios. Mostra a solidão numa vida de luxo que eu nunca quereria. A tal fama, o dinheiro não é sinónimo de felicidade. Um drama musical escrito, realizado e protagonizado pela francesa…
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Papel higiénico preto
Hoje falamos de papel higiénico preto da Renova. Este produto ao qual não estamos habituados, diferente, caracteriza-se como sendo único, de luxo, macio, resistente e perfumado. Eu para fazer-me de engraçada ofereci a uma irmã 12 rolos e ela torceu o nariz e diz que lhe fazia confusão usar o preto na casa de banho. Considerado um dos produtos mais inovadores lançados no mercado em Portugal e a nível global nos últimos anos, o mediático papel higiénico preto da portuguesa Renova surgiu “um pouco por acaso”, como admitiu, o CEO da empresa de Torres Novas, Paulo Pereira da Silva. O CEO da Renova diz que lançar um papel higiénico novo não interessa a ninguém, não interessa à imprensa. O crescente sucesso deste produto em diversos mercados internacionais, deve-se ao facto das pessoas terem a necessidade de ter e de viver coisas diferentes, de optar por coisas novas. O papel higiénico…
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O jardim das cerejeiras – Teatro dos Aloé
O Teatro dos Aloés com encenação de José Peixoto estreou mais um trabalho.A peça de Tchechov, médico e um notável autor russo, nascido em 1860, retrata um mundo velho que está morto e tem de se adaptar o mundo novo. Sentada numa bela sala dos Recreios da Amadora preparei-me para assistir a peça. O palco apresentou-se como se tivesse havido uma destruição ou mesmo uma desgraça. Apenas as flores das cerejeiras pareciam com vida. Percebi que me iam dar a chave de um cofre, onde estavam todos os comportamentos daquelas personagens. Ao longo da peça tive várias sensações: que estava a ver um drama e outras uma paródia. Mas preferi achar que estava a ver uma série de comportamentos da nossa vida: conflitos sociais e amorosos tudo misturado. Acompanhei atentamente o papel do mordomo e emocionei-me. Uma figura frágil, elegante com as suas luvas brancas, sempre presente mas ignorada pelas…
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Mães Paralelas
Estreado no Festival de Cinema de Veneza, onde Penélope Cruz recebeu o Prémio Volpi Cup de melhor atriz, este drama sobre os diversos lados da maternidade, foi escrito e realizado pelo realizador espanhol Pedro Almodóvar. Filme muito interessante que aborda as consequências da guerra civil de Espanha que deixou até hoje as suas marcas. Penélope Cruz, impecável e bem dirigida faz uma grande personagem. O realizador utiliza grandes planos, que mostra bem o desempenho dos actores. No elenco, para além de Penélope Cruz, estão também as atrizes Milena Smit, Aitana Sánchez-Gijón, Daniela Santiago, Julieta Serrano e Rossy de Palma. O filme conta a história de Janis e Ana que se conhecem num quarto de uma maternidade, quando estão prestes a dar à luz. Janis, que já passou dos 40, apesar de não ser uma gravidez planeada, encara o momento com alegria. A jovem e adolescente Ana, pelo contrário, está aterrorizada…