Cochinchina fica no fim da rua
Na 5 feira, fui ao Teatro Meridional, que fazia um acolhimento!
Senti a alegria de ver uma sala totalmente esgotada!
Tinha alguma curiosidade de ver como seria a Margarida Vila-Nova em palco, é uma atriz de televisão, mas no teatro será que funciona?
Cochinchina é um texto pesado, onde um pai com uma incapacidade física, decide contar a sua história a uma filha que não conhece.
Este discurso, pode causar ao espetador alguma confusão, já que não é claro desde o início!
Este homem, vive um mundo fechado, muito provavelmente pela sua incapacidade é muito protegido.
O seu mundo acaba no fim da rua.
Há um medo em tudo o que se passa lá fora.
Essa barreira só é quebrada quando uma empregada da Cochinchina vai trabalhar para sua casa.
É um texto sobre a dualidade entre a vontade de fazer e a falta de coragem.
Em palco temos Vítor D’Andrade, que faz brilhantemente de alejado.
Margarida Vila-Nova, uma surpresa agradável a forma meiga como faz o papel de empregada da Cochinchina.
Patrícia André muito competente nos vários papeis que vai fazendo ao longo do espetáculo.
Finalmente uma chamada de atenção para a música de Samuel Uria que vai tocando ao logo desta hora e meia.