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O jardim das cerejeiras – Teatro dos Aloé

O Teatro dos Aloés com encenação de José Peixoto estreou mais um trabalho.
A peça de Tchechov, médico e um notável  autor russo, nascido em 1860, retrata um mundo velho que está morto e tem de se adaptar o mundo novo.

Sentada numa bela sala dos Recreios da Amadora preparei-me para assistir a peça.

O palco apresentou-se como se tivesse havido uma destruição ou mesmo uma desgraça.

Apenas as flores das cerejeiras pareciam com vida.

Percebi que me iam dar a chave de um cofre, onde estavam todos os comportamentos daquelas personagens.

Ao longo da peça tive várias sensações: que estava a ver um drama e outras uma paródia.

Mas preferi achar que estava a ver uma série de comportamentos da nossa vida: conflitos sociais e amorosos tudo misturado. 

Acompanhei atentamente o papel do mordomo e emocionei-me.

Uma figura frágil, elegante com as suas luvas brancas, sempre presente mas ignorada pelas personagens.

Que belo trabalho do Luís Alberto!

Tenho receio de ser injusta ao destacar os trabalhos da Elsa Valentim, do Jorge Silva e do Carlos Malvarez, pois percebi que é um grupo cheio de talento. 

A música bem escolhida e a interação entre os actores e o público, a certa altura achei que também eu fazia parte da espetáculo.

Antes de escrever este texto estive muito tempo a pensar naquilo que os actores me ofereceram.

No final, sai contente porque tive a certeza que o teatro está vivo e bem vivo.

Parabéns ao Aloés!

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