Ténis de cannabis
Quando se junta uma Avó Otilia e um neto Bernardo muita coisa pode acontecer.
A imaginação não tem limites.
E fazer uns ténis de cannabis, talvez não lembre a muita gente!
Mas o que é certo é que é um sapato optimo.
Quando se fala em canábis, pensa-se logo na droga.
A fibra de canábis, também chamada cânhamo é industrial, era usada para fazer velas e cordas, as fibras são extraídas do caule da planta, o tecido é extremamente resistente.
Bernardo Carreira que estudou Gestão e morou em vários países, dos Estados Unidos à China, passando por França e pelo Reino Unido, até regressar, em 2018, a Portugal, a Minde, vila ribatejana tratou logo de desmistificar isso ao apresentar o plano à avó Otilia Santarém.
Quando o neto lhe veio falar de uma coisa proibida, disse-lhe logo que nem pensar.
Mas ele lá explicou e foram em frente.
Muito conforto, bonitas e leves, as sapatilhas 8000 Kicks são atestados pela Avó Otilia, que usa um par para andar na horta e outro para ir à missa, se bem que qualquer dos dois modelos um em bege e em preto, serve essas e outras ocasiões.
“Fui das primeiras pessoas a querer experimentar os sapatos, e praticamente nunca mais utilizei outra coisa.”
Estes ténis podem ir máquina de lavar e ficam impecáveis.
A Avó que tem mais de 50 anos de experiência em confeção têxtil, foi por isso que o neto a procurou quando quis dar forma à ideia, nascida num convívio entre amigos.
As sapatilhas, feitas com fibra de cânhamo, que exige cinco vezes menos água que o algodão para crescer, têm solas feitas com algas recolhidas de lagos e oceanos onde a sua presença pode destruir ecossistemas marinhos e as primeiras palmilhas de cânhamo do Mundo, anti-microbiananas e anti-bacteriananas, assegura o Bernardo da start-up.
Estão disponíveis na loja online da 8000Kicks, nos tamanhos 36,5 ao 48,5, por cerca de 110 euros.
O nome 8000Kicks está ligado à história da canábis, prossegue: “foi em 8000 antes de Cristo que surgiu”.
Já as vi, muito bonitas, mas um pouco caras para a minha bolsa.
Mas gostei da ideia. Parabéns Bernardo.
Não ponha a Avó a fumar cannabis!