Com novos modelos eléctricos a Lancia vai renascer
É uma das marcas míticas dos anos 50 aos anos 80 do século XX.
Apenas, para despertar a memória trago dois modelos: o Lancia Stratos e o Delta HF
Integrale, que levaram centenas de milhares de portugueses às estradas por
onde passava o Rally de Portugal.
Todos nós (nessa época) adorávamos a Lancia e, sonhava-mos ser um Markku Allen ao volante de uma destas “bombas” italianas.
A verdade é que, no máximo, comprava-se um Delta com motor normal (julgo que com 1400cc) com os tradicionais problemas de fiabilidade, ferrugem, etc bem longe daquelas máquinas de corrida.
Na minha opinião a marca italiana (pertença do Grupo Fiat) nunca soube ou
não conseguiu aproveitar a enorme popularidade das vitórias nos ralis para
produzir automóveis com êxito em vendas.
Sucessivos erros estratégicos e modelos mal calculados fizeram com que, já na década de 90, mas sobretudo no começo deste século os Lancias se fossem tornando cada vez mais raros
ao ponto do Grupo Fiat decidir parar com a sua comercialização fora de Itália.
Mas como a Lancia faz parte do Grupo Fiat e, este está desde o ano passado
integrado na Stellantis a opção (na minha opinião correcta) foi a de recuperar o
prestigio da Lancia apontando ao segmento premium.
Para que não restassem dúvidas o plano apresentado tem horizonte de uma década, o que traduz a
aposta no renascimento da marca.
Assim, em 2024 será lançado o novo Lancia Ypsilon, destinado ao segmento B; dois anos mais tarde surgirá aquele que a marca chama o seu porta-estandarte, com 4,6 metros de comprimento para
competir no maior segmento europeu de vendas.
Em 2028 será lançado o novo Delta, com 4,4 metros de comprimento e forte aposta de design da marca.
Denominadores comuns a estes três modelos a aposta em motores 100%
eléctricos a partir de 2028 e o uso de material reciclado, com 50% de
superfícies tácteis feitas a partir de materiais ambientalmente sustentáveis.
Para já este regresso da Lancia está previsto para Espanha, Bélgica, França,
Países Baixos e Alemanha.
A ver vamos quando teremos, de novo, a Lancia nas estradas nacionais.