Alforreca ou Caravela Portuguesa
Este verão no Algarve muita gente foi picada pelas alforrecas , ou caravelas portuguesas.
As pessoas vinham do mar a coxear aflitas com dores e com um ardor. O tratamento que eu assisti era rápido e eficaz, feitos pelos nadadores salvadores que já estão muito treinados.
Lava-se com água doce, desinfecta-se, espreme-se se for preciso com força o local, e toca a andar.
A Caravela-portuguesa maravilha-nos com as suas cores e tons, mas atenção! Àqueles que têm coragem para chegar perto demais: este curioso animal é perigoso, a picada extremamente dolorosa e pode evoluir para algo mais grave.
A Caravela-portuguesa é frequentemente confundida com uma alforreca, mas não o é. O nome científico é Physalia Physalis, pertence ao grupo dos cnidários e na verdade não é sequer “um” animal.
A Caravela-portuguesa é um organismo pluricelular, composto de quatro pólipos, ou zooides, distintos – portanto, uma colônia.
Elas não nadam , mas flutuam.
Movem-se pelos oceanos empurradas pelo vento, e o pólipo que constitui a “cabeça” da colónia mantém-se à tona.
Parecem-se muito com um chapéu usado pelos marinheiros medievais portugueses, ou até com as caravelas antigas, razão pela qual foi apelidada de Caravela-portuguesa. Também é conhecida por Garrafa Azul
devido à coloração azulada que por vezes adquire. As cores da Caravela-portuguesa variam entre o rosa e o azul, sendo muito frequente ocorrerem cores arroxeadas. Estas variações são atribuídas ao ambiente em que se inserem, mas a causa exata é desconhecida.
Muito cuidado com elas pois além de doer a picada estragam-nos o dia de praia.