
Casa da Dízima
Situado num imóvel de interesse municipal do Município de Oeiras, construído (imaginem só) em 1495, mais de 500 anos, almoçar ou jantar neste espaço é por si só uma experiência inesquecível.
É da Casa da Dízima, que vos vou falar hoje.
A Casa da Dízima fica situada á entrada de Paço de Arcos, junto ao Hotel Vila Galé (já aqui falado noutro artigo) e o famoso edifício de Salva-Vidas, na Av. Marginal.

Manteve o nome, porque antigamente era aqui se pagavam os impostos á Coroa Portuguesa.
Seria aos tempos de hoje uma repartição de finanças.
Sempre que entre neste espaço fico deslumbrado com a beleza do mesmo.
No piso térreo, dispõe de 4 salas abobadadas em tijolo e as paredes em pedra.

Na cobertura (mais propício a noites de verão), dispõe de um bar de apoio, e cerca de 20 mesas, todas elas estrategicamente colocadas de forma a ver a foz do Tejo e o início do Oceano Atlântico.
Tudo neste restaurante é requintado. Toalhas e guardanapos em pano, mesa posta para as entradas e dois copos para água, já estão preparados para quando chegamos á mesa. Convém reservar, sobretudo se quiser fazer a sua refeição no piso superior.

Depois de sentados, somos convidados a escolher as entradas, e a refeição, e colocam-nos imediatamente no prato, 3 tipos distintos de pão, com sementes, broa e pão saloio. Para molhar, é-nos trazido um pratinho com azeite aromatizado.
Depois do pedido feito, neste caso optámos por uns filetes de peixe-galo, acompanhado por um risotto de lima, e um lombo de pregado com molho de lagostim, acompanhado por um puré de couve-flôr e aipo.
De seguida veio a carta de vinhos, e aqui sim fiquei espantado, talvez a maior carta de vinhos que alguma vez ví num restaurante. Só para ter uma ideia os vinhos começam nos 20 euros e terminam no famoso Barca Velha, por 650 euros.
Não sei se esta lista corresponde a todos os vinhos existentes, já que a nossa primeira escolha, foi-nos dito que “de momento não tinham”. Fizemos uma segunda escolha e aqui sim…sem problema!
Apesar da nossa escolha não ter sido por um “Topo de Gama”, fiquei espantado com o que o empregado me disse a seguir: -A temperatura do vinho está boa assim ou quer o arrefeça ou aqueça para o seu gosto?
Que maravilha!!!
Conversa para cá, conversa para lá, depois do tempo suficiente para desfrutar da vista magnífica, lá chegaram os pratos pedidos.
Bonita apresentação, muito bem confecionados, matéria-prima de qualidade, e um toque de Chef.
Parabéns! Nada a apontar, todos os sabores são facilmente reconhecidos pelo nosso palato, filetes sem o mínimo de óleo da fritura, o risotto com o sabor da lima, sem se sobrepor ao sabor do queijo utilizado na sua confecção. Quanto ao purê de couve-flor e aipo, uma textura e sabor perfeitos.

Parabéns á cozinha!
Quanto ao acolhimento, dos melhores que tenho tido em restaurantes. Desde a nossa chegada, com um sorriso, ao encaminhamento á mesa, toda a atenção dispensada durante a refeição sem ser demasiado interventivos. Cinco estrelas ao Staff!!
Para rebater esta magnífica refeição, optamos por dividir um folhado de maçã e canela, acompanhado por gelado de baunilha. Muito bem decorado o prato e o folhado no ponto, com um recheio muito saboroso.
Recomendo este restaurante para uma ocasião especial, um jantar romântico, um encontro de amigos. Tenho a certeza que sairá satisfeito com a experiência.
Sendo um frequentador ocasional, continuarei a vir sempre que me for possível, pela experiência, sempre diferente.
Custo por pessoa: cerca de 40 euros (se optar por um vinho corrente).
Bom apetite!
Parabéns Casa da Dízima!!

