BEBAU
Vamos conhecer uma marca de roupa portuguesa que esta a começar a dar que falar. A BEBAU Estivemos à conversa com a sua criadora Barbara Santos silva
Como nasceu a BEBAU?
A BEBAU existe desde 2011 mas actua no mercado nacional desde 2005. Comecei por pintar t-shirts à mão para os meus filhos, depois as mães de outros miúdos começaram a perguntar e a mostrar interesse em comprar. Surgiram, então, os primeiros trabalhos para empresas e resolvi comprar uma primeira máquina, pequenina… Cada vez surgiam mais pedidos e o espaço começou a ficar pequeno para tantas encomendas, por isso, procurei um espaço maior e uma pessoa para ajudar. Depois disso, surgiram as primeiras presenças em eventos e mercados nacionais. E, nessa altura, comecei a afastar-me dos bonecos que pintava para as crianças e aproximei-me mais do que somos hoje: uma marca virada para a vida ao ar livre, praia, surf, desportos radicais…
Porque escolheu este nome?
Surgiu de Berimbau e depois encurtei para BEBAU. Quando pintava inspirava-me muito em temas com movimento e corpos, e a capoeira tinha muito isso, por isso surgiu esse nome. Mas ainda hoje, o movimento e a actividade estão presente nos nossos temas.
Como define a roupa que cria?
Para nós existem três aspectos essenciais e que temos um cuidado enorme: a qualidade, a descontração e o conforto.
Para quem cria a roupa?
Para todas as pessoas que gostam de ar livre, de praia, de montanha, de contacto com a natureza, mas ao mesmo tempo gostam de estar com uma aparência cuidada. Actualmente, a BEBAU dispõe de uma oferta variada para as crianças, para os jovens e para os adultos. Na realidade, para todos!
Tem presença internacional?
Em que mercados? É, sem dúvida, um dos nossos objectivos. Infelizmente fomos interrompidos pela actual situação mundial, mas assim que retomarmos alguma normalidade contamos conseguir conquistar alguns desses mercados. Com base na nossa experiência, acreditamos que pode correr bem! Estamos representados em várias lojas, três localizadas nos aeroportos portugueses, e em todas elas o feedback é muito positivo, tanto de portugueses como de estrangeiros.
Como é que foram os dias de confinamento?
Confesso que foram difíceis! O nosso canal de venda principal eram as lojas e a venda presencial. No entanto temos por norma contrariar as dificuldades e, por isso, direccionámos os nossos esforços para os canais de venda que estavam ao nosso alcance. Ou seja, o site, o instagram e o facebook. E na realidade conseguimos aumentar as nossas vendas online, tanto em Portugal como no estrangeiro.
Sente que o mercado voltou a mexer?
O mercado presencial ainda está muito aquém. No entanto, as pessoas começam a criar uma relação de maior confiança com as vendas online.
O que sente quem usa uma peça?
Temos duas experiências distintas: No contacto presencial, onde conseguimos ver a reação das pessoas que experimentam as nossas peças, e posso dizer que as reações são fantásticas, as pessoas adoram o toque e o conforto. Na experiência online verificamos que, com frequência, o cliente faz uma compra de apenas uma peça, para experimentar o serviço e conhecer as peças que estamos a comercializar. Duas ou três semanas depois faz outra encomenda de mais peças. É frequente, nessas alturas, recebermos mensagens a indicar que ficaram muito satisfeitos com a compra e que vão continuar a comprar BEBAU. Uma frase que ouvimos muito é que as peças são ainda mais giras e melhores do que pareciam nas imagens.
Onde vai buscar a inspiração para o que produz?
Hoje em dia, essencialmente à natureza; um passeio de família ou amigos numa carripana, os cabelos ao vento numa vespa, um mergulho no mar, ou um passeio num trilho de montanhas…São estas sensações que originam ideias!
É um produto caro?
Somos 100% português. É tudo feito cá em Portugal, por isso, nem sempre temos os preços mais competitivos. A verdade é que temos um cuidado imenso com a qualidade de todos os materiais que utilizamos nas nossas peças e isso, obviamente, vai reflectir-se nos preços finais. Mas procuramos constantemente apresentar produtos novos e actuais, sempre respeitando uma boa relação qualidade/preço.