“Ajax et Plures” inaugura já no dia 08 de março (3f) às 19h00, na Escola das Artes da Universidade Católica no Porto.   Esta nova exposição do artista visual e músico João Paulo Feliciano é uma iniciativa que se enquadra na adesão da Universidade Católica como membro fundador da Fundação de Serralves. O artista intervém nas janelas do corredor da Escola das Artes, dando continuidade a uma série de trabalhos site-xposição contempla um conjunto de obras dos anos 1990 e 2000 do artista, pertencentes à coleção de Serralves, e conta também com uma obra inédita concebida para a Universidade. As obras apresentadas na exposição são representativas de momentos distintos do percurso de João Paulo Feliciano, onde será possível assistir à atitude irónica e provocadora do artista, bem como a sua vontade de implicar o espetador na interpretação da sua obra, características que se revelam transversais no diverso corpo do seu trabalho. Os…

Recém-entrado nas salas de cinema, em 24 de fevereiro, “Belfast” é um filme do realizador britânico Kenneth Branagh e conta com sete nomeações para os Óscares, sendo inspirado na infância do próprio cineasta. E como não poderia deixar de ser lá fomos nós assistir a esta comédia dramática cheia de história e sentimento. As primeiras imagens são da capital da Irlanda do Norte, “Belfast”. Belfast é uma cidade conhecida pelos tristes conflitos entre Católicos e Protestantes e também por ter sido a sede de construção do navio Titanic da Companhia Britânica White Star Line. O filme aborda e explora, de forma muito especial, a vida de uma família protestante que vive em harmonia, na mesma rua, com cristãos até que acontecem uma série de conflitos que irão alterar o percurso das suas vidas. Um filme dramático e cheio de mensagem religiosa, a preto e branco e com imagens fortes onde Buddy, um menino de 9 anos,…

Fui ver uma peça de Teatro de puro entretenimento. Ri-me mas não vim para casa a pensar mais nela.  Quem como eu, está habituado a ver o Diogo Infante a fazer grandes papéis do teatro clássico com gestos contidos, desta vez nada disso vai ver. Ele tem um talento enorme e arrasta todos os outros actores, para o sucesso que esta peça está a ter. O Amor é tão simples é uma engraçada  comédia, que fala sobre o papel da fama, do amor e do próprio teatro. A peça escrita em 1939 no seu original Present Laughter, é do dramaturgo Noël Coward.  Amplamente considerada como a peça mais autobiográfica do autor, teve a sua estreia em 1942, interpretada pelo próprio. Guilherme de Andrade é um famoso ator com uma vasta legião de fãs, que atraídos pelo seu charme e carisma, transformam a sua casa num verdadeiro caos.  Nós vamo-nos rindo e sorrindo…

Imaginem! É a 143ª peça desta companhia.Tento não faltar aos espetáculos da Comuna. São gente seria e quase todas as suas produções são escolhidas a dedo e obrigam-nos a pensar.Agora em cena,  “Taras e Manias”, com o conceito de café concerto. Os textos são  do Hugo Franco e José Campos.Está lá tudo. Dentro de um concurso de cantorias para a televisão os atores vão tocando em assuntos da política, da banca, das vigarices, da Ministra, mas nós sempre a rir e se calhar a rirmos  de nós próprios.O espetáculo é acompanhado ao vivo por um belo quinteto de cordas. O elenco com o veterano e ótimo ator Carlos Paulo sempre seguro e cheio de vitalidade e malícia.O Hugo Franco, o Luís Gaspar e Maria Ana Filipe muito empenhados.O Luís Gaspar encheu o palco com a sua interpretação e domínio do corpo. Parece que cresceu como ator. O espetáculo é divertido,…

É o maior escritor na área do horror, mesmo que não se goste, é obrigatório ler algo de Stephen King! “Salem’s Lot”, o livro que trago hoje, foi escrito em 1975, mas agora vê uma nova versão. Uma capa nova e, muito provavelmente, um tratamento em matéria de promoção muito melhor! Na altura em que foi editado originalmente, King era quase um desconhecido, sendo este o seu segundo livro! Carrie, o primeiro terá feito números muito interessantes, o que impulsionou o autor a escrever mais. Salem’s Lot é uma pequena cidade em New England. O protagonista Ben Mears, regressa à sua cidade natal e sente que há coisas muito estranhas a acontecer! É um estilo que nem toda a gente gosta mas Stephen King é o mestre que toda a gente deve pelo menos uma vez ler!! Imperdível!

Coincidência ou não, leio que o Embaixador da Eslovénia morre atirando-se ao mar, na Boca do Inferno. Pois esta semana o meu grupo de leitura tinha programado a leitura do livro o Mistério da Boca do Inferno, de Fernando Pessoa. Pois é: nosso Fernando Pessoa foi pioneiro em desorientar a opinião pública. Resolveu escrever e provavelmente, foi um dos primeiros casos de fake news literários nascidos em Portugal.  No ano de 1930, Aleister Crowley, um membro de uma seita religiosa e influente ocultista britânico, uma personagem medonha , visita Portugal e pouco tempo depois, era anunciado o seu suicídio na Boca do Inferno, em Cascais. Deixa apenas uma carta de suicídio e uma cigarreira. Um suicídio que não foi mais do que um momento teatral, uma vez que Crowley tratou de ressuscitar cerca de um ano depois, em Berlim, cidade onde inaugurou uma exposição de pintura.  Tanto Fernando Pessoa como Aleister Crowley entusiasmaram-se…

Apetecia-me ver um policial. E fui mesmo, sabendo que a crítica a este filme do famoso detective belga Hercule Poirot é arrasadora. Ele no filme encontra-se, juntamente com outras pessoas, a bordo do “Karnak“, um luxuoso cruzeiro fluvial que navega pelas águas tranquilas do Nilo. Mais uma vez, vê-se forçado a entrar em acção e a desvendar um mistério, quando Linnet Ridgeway Doyle, uma rica herdeira norte-americana, aparece morta. Como sempre, não faltam suspeitos. As paisagens e a fotografia são muito bonitas com paisagens do Nilo de enorme beleza.  Com Kenneth Branagh no duplo papel de realizador e protagonista, um policial que segue um argumento de Michael Green e que tem por base o clássico datado de 1937, da escritora inglesa Agatha Christie.  Para além de Branagh, o filme conta com Sophie Okonedo, Armie Hammer, Gal Gadot, Annette Bening e Tom Bateman. Se vale a pena ir ver o filme? Vá!

Inspirado no romance do premiado autor Peter Carey, “O Bando de Ned Kelly” é um filme que conta a história verdadeira do fora de lei australiano mais famoso de sempre e da sua trágica queda quando foi enforcado.    Ned Kelly viu-se biografado no primeiro filme em 1906, e a sua história já foi levada ao cinema várias vezes, nomeadamente em 1970, por Tony Richardson, em “Ned Kelly”, com Mick Jagger no papel principal.   Esta nova versão, assinada por Justin Kurtzel tem muito sangue e há uma frieza na matança de homens.    Há uma cena que me incomodou imenso, quando um policial  interpretado por Nicholas Hoult  ameaça com uma pistola na cabeça, a vida de um bebê para tentar ferir uma pessoa próxima de Ned.  Ai podemos ver que intenção tem o realizador Kurzel: a crueza dentro desta história repleta de fontes históricas, com liberdade para ser interpretada da maneira que o espectador…

Na 5 feira, fui ao Teatro Meridional, que fazia um acolhimento!  Senti a alegria de ver uma sala totalmente esgotada!  Tinha alguma curiosidade de ver como seria a Margarida Vila-Nova em palco, é uma atriz de televisão, mas no teatro será que funciona?  Cochinchina é um texto pesado, onde um pai com uma incapacidade física, decide contar a sua história a uma filha que não conhece.  Este discurso, pode causar ao espetador alguma confusão, já que não é claro desde o início!  Este homem, vive um mundo fechado, muito provavelmente pela sua incapacidade é muito protegido.  O seu mundo acaba no fim da rua. Há um medo em tudo o que se passa lá fora. Essa barreira só é quebrada quando uma empregada da Cochinchina vai trabalhar para sua casa.  É um texto sobre a dualidade entre a vontade de fazer e a falta de coragem.  Em palco temos Vítor D’Andrade,…