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A nova Musa
Há dois meses fomos confrontados com o encerramento do espaço da Cerveja Musa. Para o local vai nascer um condomínio de luxo e todo o quarteirão vai desparecer. A Musa ficava sem casa. E agora? A zona baixa de Marvila sempre teve 5 espaços onde a cerveja artesanal é protagonista. A Dois Corvos, a Lince, a Bolina, a Oitava colina e a Musa! A Bolina tinha o espaço mais requintado, um velho palácio, com um terraço maravilhoso, onde muitas vezes comecei a minha noite! Foi feita uma fusão entre a Bolina e a Musa, e neste antigo edifício da rua Vale Formoso, nasceu a nova Musa! As diferenças não são muitas em relação ao que existia: O terraço continua esplendoroso, o piso térreo mantem a traça do passado, foi apenas criado um lugar com uma mesa de bilhar! A grande novidade é a existência de várias marcas de cerveja artesanal,…
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João Pedro Vala, Grande Turismo
Com um ótimo sentido de humor e um verdadeiro talento para a escrita, fomos conhecer João Pedro Vala. Licenciou-se em Gestão, mas um dia sentiu o apelo das letras e mudou de rumo! Começou por fazer critica literária, acabando por se aventurar na escrita. Agora chega ao mercado com Grande Turismo, o seu primeiro livro, motivo mais que suficiente para uma conversa descontraída. Como foi que decidiu que a escrita era o seu caminho? Decidi escrever quando percebi que uma tremenda e indesculpável falta de jeito para os assuntos práticos do mundo me impedia de participar activamente neste, pelo que me restava apenas a alternativa de o observar melancolicamente ao longe. No fundo, acho que escrevo pelo mesmo motivo que gosto de ver futebol: não me deixam entrar em campo. Foi fácil deixar a gestão? Sim, mas apenas porque percebi que o mercado para gestores medíocres em Portugal estava já bastante saturado.…
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Meu Pé de Laranja Lima, entre o desespero e a imaginação
O Meu Pé de Laranja Lima é um romance escrito por José Mauro de Vasconcelos, publicado originalmente em 1968. Lembro-me que li muito novo deste destemperante romance. Este livro era mesmo obrigatório, já que sou filho de uma família esquerdista! Conta a história de um menino de seis anos chamado Zezé, que pertencia a uma família muito pobre e numerosa, cheia de dificuldades. Falta de trabalho, sem dinheiro, sem amor. Uma verdadeira desgraça! Zezé acaba por encontra afeto no seu pé de Laranja Lima. Este texto já teve várias versões, mas foi a primeira vez que a vi em teatro! A companhia de Teatro dos Aloés, faz uma versão, que quase é uma leitura encenada. Um ator em palco Graciano Amorim, vai contado esta triste história. Ora faz de Zezé , ora faz de narrador, ora faz de ator! A meio da trama, chega à conclusão que necessita de ajuda…
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Patrícia Müller a Rainha e a Bastarda
Foi num dia de sorte para mim que conheci a jornalista Patrícia Müller. Em 2002 decidiu começar a escrever, agora edita um segundo livro, um romance histórico “A Rainha e a Bastarda“. A energia da Patrícia é maravilhosa, deu-me a sensação que podíamos ser amigos. Com um sorriso generoso, fomos conversando de mil e uma coisas até que chegámos ao seu grande talento! Escrever: Com foi que teve consciência que a escrita podia ser um caminho? Desde que comecei a ler. Foi uma descoberta extraordinária, perceber que aquilo que eu pensava – o que me atormentava, o que me alegrava – outras pessoas também pensavam e, melhor: conseguiam explicar o que eu sentia e não sabia verbalizar. E fazê-lo através de metáforas que são histórias é uma forma belíssima de tirar algum sentido da vida. Como define o seu estilo de escrita? Acho que não tenho. Interessam-me assuntos e reflexões. Não gostaria…
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Rock in Rio em casa vs ou no recinto
Sábado fui ao Rock in Rio! Estavam 74 mil pessoas no parque da Bela Vista. Sinto que grande parte foi para socializar, ver pessoas, conversar e conviver! A música pouco conta. O ambiente estava ótimo, gente bonita que há dois anos não tinha nada disto! Mas há coisas que não são aceitáveis, o pior são as longas filas para tudo, até para fazer xixi. Vi os concertos a alguma distância do palco e longe da confusão! Não tive covid ainda e afastei-me um pouco, o que fez com que a minha atenção se dispersasse! Levou-me a pensar que em casa estaria melhor para desfrutar da música! Pelo jantar em pé (um prego no pão e cerveja) paguei 10€, com uma fila gigante até ser atendido. A meio da noite decidi deixar de beber por causa das idas à casa de banho, no mínimo 20 minutos de fila. Senti também que…
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5 e meio a cerveja da Ericeira
Foi num dia quente que decidimos ir conhecer uma marca de cerveja portuguesa sediada na Ericeira1 A 5 e Meio nasceu e aproveitou a onda da cerveja artesanal para crescer! Foi com um generoso sorriso que Teófilo Oliveira recebeu a equipa do coisas boas em alta: Como foi que a marca nasceu?Nasceu de uma brincadeira entre amigos, pelo gosto que tinhamos em beber cerveja e pela curiosidade em perceber como se fazia. Porque batizaram a marca com 5 e meio?Foi o teor alcoólico da primeira produção, ou seja 5,5%, ou pelo menos foi esse o número que as nossas contas demonstraram. Na Ericeira havia a tradição da cerveja artesanal?Tradição, não propriamente. Existiam espaços com cervejas produzidas fora e que muitas vezes comercializam o produto mas não como “prato principal”.. Qual é o vosso portefólio? Temos 4 linhas de cerveja: 1. Cerveja artesanal – uma blonde ale, uma stout com pão saloio…
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A Niepoort e os GNR
Os 41 anos da vida dos GNR foram celebrados com a A Niepoort! A produtora cria um vinho tinto para celebrar a vida do Grupo Novo Rock, “Pronúncia do Norte”. Primeiro, provámos o vinho, depois assistímos ao concerto comemorativo dos 41 anos. O “Pronúncia do Norte” (que também é uma dos temas do GNR) é um vinho delicado, ou não fosse um vinho do Douro! Um vinho frutado, onde os frutos silvestres dominam o paladar. Como esteve a estagiar em barricas de carvalho, há um leve final a madeira, mas tudo muito elegante! Vinho para acompanhar carnes brancas, já que sinto uma grande leveza. Foi na capital do império que os GNR celebraram os 41 anos de carreira!| Num Tivoli totalmente cheio e vibrante, ouvimos os grandes clássicos desta banda, que no fundo é um pouco a história dos últimos 40 anos da música em Portugal! Vibrei com “Video Maria”,…
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Sebenta 18 anos de vida ao vivo
Nasceram a 18 de Maio de 2004, neste ano atinguem a (Maior)idade, com a edição de um novo disco e com um concerto entre amigos! Como sempre apoiei a banda fui convidado para ir a este marco histórico na vida dos Sebenta! O concerto de apresentação e celebração dos 18 anos estava marcado para às 10 da noite no Village Underground Lisboa! Um espaço preparado para pequenos eventos, mas com todas as condições. Paulecas (baixo e voz), André Fadista (bateria), Ricko (guitarras) receberam os convidados para a festa em grande estilo! Rock é o que sabem fazer, uma sonoridade limpa, onde se entende tudo o que é cantado! Músicas fáceis, com refrões fortes! Paulecas tem uma forma peculiar de cantar, faz-me muito lembrar José Mário Branco na forma de dizer as palavras! Parabéns aos Sebenta pela vossa (Maior)idade!
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Everest Montanha uma experiência muito intensa
Há muito tempo que não ia a este espaço. O Everest Montanha é um restaurante simpático colado à igreja na Avenida da Igreja. A minha mãe doente teve uma súbita vontade de comer um caril. Eu fui logo buscar uma dose a este pequeno espaço. O Everest Montanha é tudo menos pretensioso. Sem grande decoração a mais valia é sem dúvida a comida. Desde o dia que lá fui buscar comida para a minha mãe que ando a saliva e a sonhar com comida indiana. Decidi ir! A simpatia de quem lá trabalhar é genuína! Comecei por escolher o vinho, um José de Sousa da zona de Setúbal, estava no ponto. Para entrada pedi as tradicionais chamuças, uma de carne, outra de vegetais. Nada a dizer, simples e feitas da forma tradicional. Como pratos principais, pedi o caril de borrego e o de frango, porque tenho a mania, decidi pedir um pouco…