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Oliveira’s Restaurante Moçambicano
Nasci em Moçambique, tenho algumas memórias do tempo em que lá vivi. Claramente que a comida não é uma delas, mas há o chamado apelo da terra que me fez visitar este espaço no centro de Lisboa. Cheguei cedo e para além do músico que ia atuar nessa noite, não estava mais nenhum cliente (cheguei antes das 8 da noite). A simpatia do lugar é o grande destaque, senti-me logo em casa. Sem ter pedido nada foram servidas chamuças que estavam incrivelmente picantes e um paparis. Pedi primeiro um caril de frango com côco, que estava suave e bem confecionado. Para fechar decidi pedir uma coisa mais intensa, feita com sangue de porco – o famoso sarapatel. Estava bem temperado com o rigor goês. A meio do jantar começou a música, liderada por um elemento dos Tabanka djaz. Eu gostei da experiência, mas sinto que não comi à moda de…
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Vincentes
Sexta feira, tinha recebido a notícia que a Dois Corvos tinha uma cerveja nova. Uma cerveja recheada de cultura, inspirada nos painéis de São Vincente. Obra imperdível que está atribuída a Nuno Gonçalves, mas nem isso é certo. A nota de prova dizia que era uma cerveja para 14 graus! Sem duvida que é poderosa, com notas de café, chocolate e gemada de ovo. Adorei e não resisti, tomei duas. São 4,5€ mas vale bem o preço, e é compreensível, isto porque estamos a falar de um produto superior que terá dado muito trabalho produzir. É mesmo imperdível, é a Vincentes
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Bolo de Granola
Ando numa tentativa de comer mais saudável. Apesar de tudo tenho uns hábitos horríveis. Gosto de comer um docinho com café ao pequeno almoço. Tenho provado de tudo, umas coisas muito boas, outras de gosto duvidoso. No outro dia tropecei neste bolo de granola, mas o que me chamou atenção foi que não tinha adição de açúcar. O bolo estava sozinho no meio de muitos outros com melhor aspeto e carregados de açúcar. Decidi levar. Desapareceu num abrir e fechar de olhos, fico com a sensação de não ser não prejudicial para a saúde. Aconselho para quem gosta de um docinho do inicio do dia e tem problemas de consciência por estar a comer. Esta disponível no Pingo Doce a pouco mais de 4€
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A gorda
Em conversa com um colega de trabalho ele falou-me em Isabela Figueiredo. Curioso, comprei “A gorda“. Fiquei rendido à sua forma intensa de escrita, de tal forma que li a obra em dois dias. Sim, é de facto uma obra tão bem escrita e cheia de emoções. Conta a história de Maria Luísa, uma rapariga inteligente, talentosa, trabalhadora, boa aluna, cheia de predicados, mas gorda. A vida de Maria Luísa é também a vida de um Portugal contemporâneo, com o desenrolar vamos acompanhado os factos da história de Portugal. Cada capítulo é uma divisão da casa, com as sua próprias histórias. Isabela Figueiredo tem uma escrita fácil, mas pesada. O que sofre uma miúda por ser gorda! Quando acabei o livro senti um vazio gigante tal é a densidade emocional da vida desta Maria Luísa. Fiquei cheio de vontade de ler o resto da obra desta autora.
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Eat Thai no Parque das Nações
Andava há uns tempos a namorar este novo espaço de comida Tailandesa no Parque das Nações. Aberto há pouco mais de um ano, o Eat Thai é um espaço confortável da avenida principal do Parque das Nações. Escolhi uma mesa junto à janela, porque gosto também de me distrair a ver quem passa. Para começar, pedi a cerveja típica da Tailândia, que estava agradavelmente gelada. Como entrada, fui muito exagerado, pedi os crepes Tailandeses e tofu frito com molho picante. Sem dúvida que o molho doce lhe dá uma paladar poderoso. Como prato principal veio um caril com molho vermelho (bastante picante) e uma galinha salteada com castanha de caju e cebolinho. Os dois pratos estavam intensos e muito bem confecionados. Uma experiencia incrível. Já estava muito satisfeito, mas tinha de provar a famosa banana frita tailandesa com raspas de cocó (tal o exagero de fritos) Fiquei rendido e fascinado…
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Jeronymo café biológico
Quem me conhece sabe que gosto imenso de café. Os meus dias começam sempre com um balde de café. A meio do ano passado acabei com as cápsulas, agora desfruto do prazer de acordar, moer café e desfrutar! Os meus amigos, sempre que fazem viagens ou tropeçam em café inusitado compram para me mimar. Este vem do Peru e é biológico. Mal abri o pacote senti um cheiro muito agradável. É um café muito suave de odor intenso. Por ser biológico temos a garantia de não ter sofrido processos químicos nenhuns. Nunca tinha ouvido falar na marca Jeronymo, mas a investigação levou-me para a Jeronimo Martins que se lança agora como produtora de café. Se gostarem de algo diferente, menos intenso que o comum cafe, este Jeronymo verde é uma opção muito válida!
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Verity, o meu primeiro romance de cordel
Nunca tinha lido nada deste estilo, o chamado romance de cordel. Em “Verity” tudo é previsível, desde o primeiro capítulo que tinha a noção do que ia acontecer. As cenas de sexo enchem as páginas de romance. Os livros são de fácil leitura, já que a autora Colleen Hoover tem anos de pratica neste registo. Neste livro Lowen Ashleigh é uma escritora pouco conhecida e sem dinheiro. Decide aceitar o trabalho de terminar os três últimos volumes da série de sucesso de Verity Crawford, uma autora de renome. Com o objetivo de fazer a pesquisa para o livro muda-se para casa do casal. Verity Crawford está confinada a uma cama e é o marido Jeremy Crawford que lhe pede para acabar a obra. Mais não conto, mas é tão obvio. Não estou habituado a este género literário e a ler algo do tipo. Foi-me aconselhado a ler a mais popular das…
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Samuel Bjork – Viajo sozinha
Li alguns livros nas últimas semanas de autores Noruegueses, e há um padrão. Há um lado perverso acentuado. Sangue, muito sangue, gente totalmente descompensada, cheia de problemas emocionais. Estes problemas geram crimes violentos. Samuel Bjork é mais um autor que segue essa regra. Tem uma forma fácil de escrita. Narrativa com muitos diálogos, capítulos pequenos, e agilidade na ação! Em “viajo sozinha” temos um assassino em série que mata meninas entre os 7 e os 10 anos! O livro começa logo sem preâmbulos, um homem passeia na floresta e encontra um corpo de uma criança pendurado. Não sei se este género literário revela alguma coisa sobre o modo de estar de um povo? Certo é que nas últimas semanas tenho tropeçado em autores do norte da Europa onde este formato é repetido. Eu gostei da forma como a história é contada, admito que o estilo me anda a cansar! Se…
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Lacrau
Este Natal a minha tia Ana brindou-me com duas garrafas de tinto. Lacrau do Douro. Nunca tinha ouvido falar, mas os vinhos do Douro estão nesta altura a agradar-me muito. Fiz um petisco e decidi abrir uma das garrafas. Fiquei logo muito impressionado com a cor deste vinho: vermelho espesso. Um odor maravilhoso, com notas de fruta vermelha. Amora predomina, mas há também um toque de especiarias, talvez pimenta. Na boca domina a baunilha e um ligeiro toque a madeira. É um vinho limpo, muito bem conseguido e equilibrado. Num supermercado pode chegar a 6€, é um preço bem razoável. Gostei mesmo muito!