Coisas Boas em Alta
  • Histórias em Alta

    Contra o COVID, Marchar, Marchar!

    Trinta minutos dá-nos tempo para pensar.  O tempo que temos depois da inoculação da vacina contra o COVID-19. No meu caso, a segunda dose. Desde o início da pandemia que tenho a noção que vivemos tempos de guerra. E ao entrar no Centro de Vacinação percebe-se e agradece-se o pulso militar na organização. Não haja a mínima dúvida, é uma guerra. Não fazemos filas para arranjar comida e água mas para tomar uma vacina que salva vidas. Nos meus pensamentos apareceu o Duarte, soldado no meu pelotão nos tempos idos do serviço militar obrigatório. Por causa do Duarte confinámos duas semanas seguidas no quartel.  Não sabia o hino e nem à lei da bala o conseguia decorar. O nosso Alferes deu-lhe uma folha impressa com o Hino para decorar num dia. Não foi capaz. Toca a confinar outro fim de semana. Raios partam o desgraçado! Com o Duarte quase a…

  • Histórias em Alta

    Vai dar banho ao Cão

    A próxima vez que me mandarem dar banho ao cão… vou. Não sem antes revirar os olhos, esboçar um sorriso e perdoar, pois a expressão atinge, agora, todo um novo significado. Numa das minhas deslocações por Campo de Ourique, enquanto dava passagem numa passadeira, deparei-me com um novo quiosque. Olhei, tornei a olhar, dei a volta à rotunda e, sem a EMEL à vista, parei o carro para ver melhor. Tirei a foto que ilustra esta coisa boa. Um banho para cães Self-Service. Lavacão – É um conceito inovador em que dás banho ao cão com equipamentos e champôs profissionais, e em segurança. Sem agendamentos, sem sujar a casa! (lavacao.pt) Aquela ideia que depois de concretizada parece óbvia. Num flash consegui ver o filme dantesco da casa de banho toda alagada, pateada e cheia de pêlos. A seguir a cena clássica da sacudidela, em slow motion, com água em todas…

  • Lugares em Alta

    Casas Dona Vitória

    Há sítios e sítios. Depois há aquele sítio, onde fomos estupidamente felizes. Aquele onde dizem que nunca se deve voltar. Errado. À boa maneira portuguesa gostamos de comparar tudo o que é nosso com o que existe fora. O Burgau não é exceção quando o classificam como a Santorini portuguesa. Deixem lá isso. Santa semi-clandestinidade que o preserva assim: simples, genuíno e acolhedor, como nos tempos da Dona Vitória. Mulher de armas, empreendedora, cuja história vale a pena conhecer pela boca da neta Cláudia que recuperou o casario da avó transformando-o num sítio mágico à beira-mar.  Das Casas Dona Vitória, ouvimos a água a cair no antigo tanque de lavar a roupa, agora com peixes vermelhos, vemos as colinas pintadas de branco que nos abraçam e o infinito mar esmeralda em frente.  A praia branca entra-nos pelos  olhos e, pelos ouvidos, a corneta do OlhaaBolinha a anunciar o momento alto…