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Vermelhudo
No centro de Moura-Alentejo, questionando uma simpática funcionária de uma papelaria, pedi sugestões de restauração. A Sra. gentilmente recomendou-me o restaurante VERMELHUDO. Entrado no aludido estabelecimento deparei-me com umas boas instalações e um atendimento supersimpático, a casa oferece muitas e boas opções de comida regional alentejana. Opões tomadas :EntradaUm queijo seco aromatizado com orégãos, um pão típico alentejano e uma azeitonas (símbolo de um dos melhores produtos da terra, o belo azeite de Moura), abriram bem o caminho para aquilo que viria a ser uma refeição tipicamente alentejana. Sopa de CaçãoCrê-se que a sopa de cação teve origem no Alentejo no século XVI, tornando-se um prático típico e comum na gastronomia alentejana, pois o cação era um dos poucos peixes de mar que chegavam em maior abundância à população. Ainda, o cação era de baixo custo e de menor perecibilidade tal como o bacalhau, uma vez que era o peixe…
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O bom aluno
O Tico Tico é um dos Restaurantes /Cervejaria mais conhecidos de Alvalade e, um dos mais conhecidos de Lisboa, poucos conhecem a influência que esta casa teve nos múltiplos discípulos que formou e que se tornaram bons empresários da restauração. O Bairro de Alvalade é uma verdadeira embaixada da boa gastronomia Minhota (Paredes de Coura – Rubiães). Um dos bons exemplos disso é o Restaurante A TIGELA, um cozinha fiel às suas tradições, que não compromete, casa espaçosa, excelente para grupos, com bom atendimento, bem liderada pelo Sr. Silvino. As escolhas de hoje, incidiram num prato que esta casa tem desde a sua abertura (meados dos anos 90) um cabrito à padeiro assado no forno com arroz de miúdos. Este é já um clássico domingueiro do bairro, que foi bem acompanhado por um tinto em Jarro de Alpiarça, e umas farófias. Óptima relação preço qualidade aprox 20€ por pessoa Recomendo…
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Peixe e vinho branco, com vista mar
Aqui vos deixo, aquela que acho ser uma excelente sugestão para um restaurantes de peixe na região de Lisboa. Na Capital foram fechando os mais antigos e na nova fornada os que vão aparecendo servem sushi, o peixe em tacos e ceviches e outros pratos muito orientais, deixando para trás o belo do peixe bem grelhado. Por isso, a solução é sair para os arredores e, por norma, ir para a zona costeira. Hoje fui até à zona da Praia Grande, onde revisitei o Restaurante O Crôa, casa de boas recordações, que gera em mim a nostalgia dos convívios de fim de tarde na adolescência. O Crôa é daqueles restaurantes tradicionais, muito famíliares com uma esplanada magnífica, que tem uma excelente vista para a Praia Grande. É um cenário maravilhoso, que merece uma refeição fresca e leve acompanhada de um belo vinho branco, agora que o calor já vai dando…
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O Pescador do Guadiana
Este restaurante rente à encosta da penha D’Àguia, nas margens do Guadiana, fora-me altamente recomendado por uma simpática comerciante de Mértola, ligada em tempos à restauração local. Conhecedora do coisas boas em alta, considerou que a experiência única de um restautante situado num local longe de tudo, com um cenário idílico nas margens do grande rio da raia, a uns 10 kms a sul da Vila Museu de Mértola, onde não há internet, redes móveis, trânsito, poluição, situado num pequeno povoado com agricultura e pesca de subsistência, era perfeita para mim. Depois de tanto elogio, era já dificil ser surpreendido, mas fui e de que maneira. Vivi a uma das melhores experiências gastronómicas da minha vida, senão a melhor. 1) Ligar na véspera, escolher o prato Saboga (peixe do rio Guadiana) frita e uma caldeirada de ovas do mesma. Mesa marcada para as 12h. 2) Chegar, e esperar pouco pelo…
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Restaurante casa amarela – Mértola
Situado no Além-Rio com uma vista panorâmica privilegiada sob o Rio Guadiana e a vila de Mértola, o restaurante “Casa Amarela” oferece uma experiência gastronómica diversificada e autêntica com base na cozinha regional alentejana reinterpretada, buscando oferecer aos clientes pratos alentejanos com um toque de modernidade. A ementa de hoje, sempre acompanhada com uma deslumbrante vista sobre esta vila museu, foi a seguinte : Staff bem simpático. Preço de 22 € por pessoa justifica-se pela variedade entradas, sopa, pratos, vinho, sobremesa e café. Visitado e recomendado
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Café restaurante tradicional – O CIGA
Na cultura cigana cozinhar é muito especial, porque através da comida acredita-se que uma pessoa pode encantar a outra. O borrego e o porco são os animais mais comuns das terras alentejanas e as suas carnes as mais tradicionais na cozinha. E embora se coma durante todo o ano, o borrego é a carne por excelência da Páscoa. Em Mértola, em pleno dia 1 de maio (segunda feira) com grande parte da restauração encerrada, decidi entrar no Restaurante Ciga, onde transbordou a simpatia do João no acolhimento e da generosa Carla (cozinheira), que fizeram questão de me demostrar que o ensopado de borrego e o cozido de grão que saem daquela cozinha, concorrem bem com as demais casas consagradas da região. E não é que me conseguiram convencer, fiquei encantado. O ensopado é o mais popular prato confecionado com esta carne, símbolo da gastronomia alentejana, não só pelo modo particular…
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O Müla
O Müla é mais um dos muitos restaurantes de qualidade em Alvalade, bairro que prima uma gastronomia variada nivelada pela qualidade, e profissionalismo. Este restaurante graças à sua carta singular e, claro, à sua belíssima esplanada nas arcadas do centro comercial será por certo um novo “Spot” de referência no “livestyle” de Alvalade. Este estabelecimento prima por uma cozinha latina, com uma carta imbatível que inclui os melhores sabores e as mais inusitadas combinações da gastrononia de Portugal, Espanha, Brasil, México e Peru. As minhas opções foram:De entrada um patê fantástico de cogumelos com Beringela, uns peixinhos da horta divinais de maior porte que os habituais, que fazem realçar o sabor do feijão verde, gostei muito. Depois um taco de milho crocante, atum, texturas de pêra abacate, cebola roxa, coentros e pickle de cebola roxa, aromarizado com lima. Um sabor muito agradável e fresco para o verão que se adivinha.…
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A autêntica Alheira no Lumiar.
Segundo a tradição, a Alheira terá sido criado por cristão-novos que, em segredo, continuavam a guardar costumes da sua renegada religião judaica, a fim de dar a entender a toda a sociedade que eram cristãos assumidos e bem integrados. Como o judaísmo proíbe o consumo da carne de porco, alguns dos supostamente recém convertidos teriam inventado um chouriço onde discretamente a carne de ave substituía a carne de porco, tradicional entre os cristãos. Desta forma, nas primeiras alheiras foram usadas várias carnes alternativas ao porco, tais como peru, galinha e outras aves. Assim, hoje numa das minhas muitas passagens pelo simpático Bairro do Lumiar – Quinta das Conchas, almocei no Restaurante Pastelaria Bolinhos do Bairro, onde fiquei especialmente agradado com a autenticidade da Alheira servida com batatas e esparregado. A mesma fora Assada no forno com azeite, após um golpe lateral no enchido. Este processo confere-lhe uma textura bem estaladiça…
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A Tasquinha no Peso da Régua
Cidade plantada à beira do rio Douro, a Régua sempre soube aproveitar a sua localização e o seu clima, apostando na produção de vinhos durienses, mas, nem só de vinho vive o homem, a região oferece aos visitantes vários pratos típicos de comer e chorar por mais, como o arroz de forno com cabrito assado, o leite-creme, as falachas (doce típico à base de castanhas), os doces rabelos (com o formato destas embarcações típicas do rio Douro) e as Ferreirinhas (constituídas por uva-passa, pinhão, amêndoa, chila e vinho do Porto), entre outras iguarias. Por recomendação de pessoas da terra, fui ao restaurante a Tasquinha, onde a boa comida e o atendimento são os ex-libris da casa. Por sugestão da amável empregada, optei por uma posta de vitela Maronesa com cogumelos Shitake, batatas e pimentos, muitíssimo boa, bem temperada com um ponto de sal soberbo. A raça bovina Maronesa é uma…