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Presente de natal
Em Estarreja, tudo 100% português, Emanuel Rufo fez o primeiro brinquedo de madeira aos 12 anos e acabou por desafiar o pai para uma aventura a quatro mãos. Juntos criam carrinhos, animais e cavalos de baloiço. Fez o seu primeiro carrinho, inspirado no piloto brasileiro Ayrton Senna, e tudo o que aprendeu foi por observação. Cresceu no meio das tábuas, das lixas e das latas de tinta, na adolescência apaixonou-se pelo desenho e pela pintura. Tem o curso de design de produto, feito em Aveiro. Faz e desenha, cavalos de baloiço, animais com diferentes mecânicas e carrinhos inspirados em várias marcas, desde do pão de forma às ambulâncias. Emanuel Rufo produz séries de 30 a 50, com tudo feito dentro de portas, das pinturas às embalagens. “Ideias não me faltam, preciso é de mais tempo e de mais braços para trabalhar”. Juntou a técnica de trabalhar madeira a um design…
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Sopa de Mugango!
Numa pequena aldeia alentejana, Nossa Senhora de Machede, há um Café Central que nunca tinha visitado. Cheios de fome entramos porta adentro para almoçar e lá estava anunciada a sopa ou ensopado típico da região: sopa de mugango com grão ! Mugango é um legume da família da abóbora. A forma do fruto é globular, relativamente alargada, e em geral com gomos bem vincados que lhe conferem uma forma canelada, com um peso entre 2 e 3 kg. O fruto é aproveitado para diversos fins culinários, e também como alimento para animais. Não conhecia!A sala de jantar toda decorada com objectos antigos, desde relógios a objectos de trabalho no campo e muito quentinha que foi um consolo. A sopa veio numa terrina e o sabor é inusitado pois é ácido e um pouco agreste. Feito com um toque de vinagre com bocados de soltos de mugango no caldo foi uma boa…
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Bacalhau
Entra-se num supermercado e já há um espaço só para venda do bacalhau. Até assusta ter de escolher pois há de vários países e preços e a mim parecem-me todos iguais. Todos amontoados, cheios de sal a escorrer fazem um belo espetáculo a vista. Pedir para cortar também tem a sua ciência. Aos lombos que ficam bonitos e o tradicional que as tiras finas! Temos de trazer o rabo que é para o lixo,mas a lei e a ASAE assim obrigam. A informação que me dão é que 60% de todo o bacalhau consumido pelos portugueses vem da Noruega e que no total, Portugal é responsável por 20% do consumo de bacalhau no mundo, posicionando-se assim como o mercado que mais prefere este peixe. Este ano, a concorrência entre as grandes superfícies levou a uma descida dos preços do bacalhau, em comparação com o ano anterior, à semelhança do que…
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Pudim de laranja
Não sei cozinhar! Ora este ano no confinamento, resolvi dedicar me aos pudins. Pudim de laranja. Primeiro vi muitas receitas e pareceu-me difícil fazer a escolha. Fiz o primeiro pudim que me deu um trabalhão e saiu da forma aos bocados. Repeti no mesmo dia e ficou torto e pequeno. No dia seguinte voltei a experimentar e ficou quase cru, deslavado, mas de sabor agradável. Recebi muitos conselhos da família que acompanhava pelas fotos, o meu percurso, penso eu que a rirem-se de mim, mas eu firme, não fiquei desmotivada. Até que finalmente consegui fazer um pudim de laranja em condições. Tornei a fazer e já apanhei o jeito. Fico toda contente quando agora a família telefona e diz-me “podes fazer o teu pudim de laranja?” Receita: bater 4 ovos, com 200 grs de açúcar, acrescentar 1 lata de leite condensado e raspa de 1 laranja. A forma é forrada de açúcar em caramelo. Experimentem!
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Barão Vermelho
Tenho um CD deste grupo de rock brasileiro o qual já ouvi centenas de vezes. Esta banda que já tem quase 40 anos de viva, continua a ser considerada uma das mais influentes dos anos 80, lado a lado, com os Para-lamas do Sucesso, Titãs e Legião Urbana. São cariocas e continuam a tocar e a encantar. Os entendidos dizem que eles têm um som sujo e arranhado, mas eu conheço apenas este CD . Os temas “vem quente que eu estou fervendo” ou “só as mães são felizes” deixam-me a pensar na vida e fazem-me bem. Eles prezam e escolhem boas letras para as músicas, algumas de escritores reconhecidos. Puseram o nome de Barão Vermelho, porque se lembraram do piloto de aviões de caça alemão, considerado “um as dos ares” e que pintou o seu avião de vermelho e destacou-se na 1. Guerra Mundial. Esta banda já tocou várias vezes no Rock in Rio e no espetáculo de abertura de Rod Stewart que foi…
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museu do whisky em Lisboa
Fui visitar perto da antiga feira popular na Rua Visconde Seabra, uma relíquia. Um museu/loja de whiskies. Uma coleção de 6.500 garrafas de muitas e variadas formas: animais, comboios e de figuras de pessoas. A Loja do Sr. Alfredo Goncalves que tem cerca de 600 qualidades de whisky fez-me ficar de boca aberta. Está no livro dos Records do Guiness. Garrafa atrás de garrafa, tudo arrumado e organizado deu-me a sensação de estar noutro mundo. Há whiskys japoneses e irlandeses, de Angola e tanto sítio… Um santuário para ver sem pressa. A saída há um balcão onde se pode beber um whisky e conversar sobre aquilo que se viu. Uma coleção de 40 anos deste Sr. Alfredo. Parabéns.
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José Alberto Carvalho
Antigamente dizia-se que os jornalistas não podiam mostrar as suas emoções. Qual fosse a notícia. Um grande desastre aéreo ou a entrega de um prêmio eram lidas com o mesmo tom. Nessa altura os jornalistas eram mais formais e tratavam os entrevistados com muita cerimônia, chamando-lhes Eng ou Dr. Tudo mudou para melhor. Veja-se o caso do pivô da TVI, José Alberto Carvalho. Entra na minha casa as 8h da noite e parece da família. Mostra emoção, pede desculpa quando se engana, hesita quando o teleponto não o acompanha e durante a pandemia serenamente ia dando os números a aumentar do Covid, sem tentar nos assustar ainda mais. Não tendo uma presença física doutro mundo, não se empertigando, torna-se um apresentador com carisma. Estuda os dossiers e faz para mim a diferença de outros colegas seus. Não o conheço pessoalmente, mas gosto dele.
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A Rua é sua!
Este projeto de pintar as ruas de cores vivas e quentes pegou moda e já há 3 em Lisboa. As opiniões dividem-se mas o certo que parece que vão continuar a pintar mais ruas. Começou com Rua Cor de Rosa para os lados do Cais de Sodré rua de bares e diversão e de uma certa boémia. Seguiu-se a Rua dos Bacalhoeiros que “virou” azul é muito gente diz que “é horrível, uma aberração” mas o certo é que ficou azul. A última é em Benfica a Rua Cláudio Nunes, que ficou verde e onde foram mais longe e reciclaram caixotes do lixo e fizeram bancos para as pessoas se sentarem. A Câmara de Lisboa la vai respondendo as críticas dizendo que é para haver esplanadas e mais zonas pedonais, mas a discórdia está dura pela escolha das cores,da despesa, do seu efeito. Mas bonito fica
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Museu da Farmácia
Museu da Farmácia Perto do Miradouro de Santa Catarina, entre o Bairro Alto e a Bica, podemos encontrar um Museu onde o que tem de mais valioso, estão dentro de frascos. Neste Museu são contados os desenvolvimentos dos medicamentos e da nossa saúde, com avanços e recuos. São centenas de anos a fazer pos, comprimidos e xaropes. Para visitar este Museu é aconselhado marcar uma visita e ser guiado porque é muito mais produtivo. Há também a visita a um Farmácia Portátil com aquilo que os Astronautas precisam de levar para o espaço com um kit completo até da comida. Depois da visita o Museu, podemos tomar uma bebida ou refeição no Restaurante Pharmacia com vista sobre o Tejo. Vale a pena mesmo ir ao Museu da Farmácia. Ficamos mais ricos.