Resistência
Há 30 anos e 3 semanas que estão juntos e tocam música da boa.
Versões das melhores músicas modernas portuguesas, que todos conhecemos a letra.
Nada disto resultaria tão bem se eles não gostassem das músicas, e das letras que tocam.
O Alexandre da bateria tem a perfeita noção do que é preciso fazer!
Seguro, alegre e lá vai ele fazendo malabarismos quando toca, e no final é construído um som ótimo e cheio de ritmo.
O Resistência é um grupo maduro e está mesmo no ponto alto.
O grupo nasceu no início da década de 1990.
O projeto consistiu na união de esforços entre vários músicos, provenientes de diversas bandas, e na transformação na adaptação e nova orquestração de temas trazidos por eles para uma vertente mais acústica e virada para uma valorização da “voz” como instrumento, e na junção dessas mesmas vozes, mostrando a força da união.
Os temas interpretados ganharam vida nova e uma alma genuína.
Quero dizer que este espetáculo foi um dos melhores que tenho visto.
Um grupo coeso que gosta daquilo que fazem e deslumbram o público que está sentado.
A voz do Miguel Ângelo cheia de força até parece que cresceu.
O alinhamento vai desde o Zeca Afonso, aos sitiados, aos Xutos ao Rádio Macau, Trovante e a versão fica com um arranjo formidável.
Parabéns senhores.
A voz do Fernando Cunha do Tim agarramo-nos a letra.
E quando os 5 músicos com o Pedro Jóia começam a dedilhar sem parar as suas violas e guitarras há uma espécie de emoção.
Talento.
Há muito que não passava umas horas tão contente.
Sei que a 14 de fevereiro vão tocar ao Coliseu e aconselho-vos a quem me está a ler a ir.
Eu vou por isso encontramo-nos lá.
Parabéns aos 9!
A luz e a a projeção de algumas fotos enriqueceram o palco.
Uma noite onde creio que nos esquecemos que estamos metidos num sarilho e não sabemos nada.
Obrigada Resistência por me fazer esquecer e apenas ouvi música.