Gruta das Torres
Gosto de experimentar coisas novas que saiam dos carris.
E este vinho é completamente fora do padrão.
O vinho Gruta das Torres Arinto dos Açores de 2018, está a agora a ser lançado no mercado, não esconde a natureza que o viu nascer.
A uva veio de vinhas centenárias que existem na freguesia da Criação Velha, em plena zona de Patrimônio Mundial da UNESCO, e a cerca de 420 metros do mar.
O estágio no interior da gruta reflete a relação umbilical do projeto: “Metemos o vinho a estagiar na gruta um pouco como quem mete o bebé dentro do útero da mãe”, diz o enólogo consultor da Picowines. Carregar as 1.183 garrafas para o interior da gruta foi um trabalho muito difícil.
Foi preciso mobilizar o pessoal da Cooperativa Vitivinícola do Pico e um dia inteiro para o fazer.
E conseguiram não partir uma única garrafa, um marco importante dada a edição limitada e o carácter raro das vinhas do Pico. Parece que não há espaço para fazer mau vinho!
Isso garante Cabral, cuja cooperativa conta com 270 sócios micro viticultores.
As uvas são bem “pagas” até porque as dos Açores, são as mais caras do país.
A ligação com a Gruta das Torres, classificada como Monumento Natural do Parque Natural do Pico e como geos sítio do Geoparque Açores, é tão óbvia, que o vinho é vendido juntamente com um voucher que garante entrada e visita gratuita a gruta.
O Gruta das Torres Arinto dos Açores 2018 está disponível em garrafeiras selecionadas com um preço que varia entre os 35 e os 40 euros.
Nada barato! Num ano seco resolveram que podiam criar um vinho “irreverente”, não sei bem qual o conceito mas Bernardo Cabral enólogo, assim o diz.
De cor amarelo/esverdeada que sabe a vulcões e por isso la está o sabor a enxofre, algas e mar.
Tem um toque de toranja e lima.
Um vinho de grande complexidade e excelente para acompanhar marisco.
Vamos lá experimentar!
A saúde!