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Gulosos Anônimos – The Wine Company

Para fazer uma introdução a este novo texto, tenho de confessar, que se houvesse um grupo de reflexão sobre doces e doçarias, seria com certeza um membro-fundador, ou quiçá um membro-honorário.

Passando ao que interessa, não sei se é defino ao confinamento, ou devido ao ausência de convívio entre pessoas, o que é facto é que quase todos os dias me dá vontade de comer doces, sobretudo uma sobremesa a seguir à refeição.

De todas elas, talvez a que goste mais, seja uma sobremesa com origem em Goa, e que dá pelo nome de bebinca.

Já comeram uma bebinca fresquinha e bem feita?

Que maravilha!!! É mesmo uma experiência transcendental.

Ora sendo uma sobremesa que leva cerca de 20 ovos e um kilo de açúcar, e que depois de pronta, fica com mais de dois kilogramas, podem já imaginar a “bomba” que não é…

Ora para quem não sabe, este bolo para além de muitos ovos, leva 3 latas de leite de côco, cardamomo, especiarias variadas, farinha, etc.

Mas a dificuldade e o que dá trabalho é mesmo a confecção.

É composto por 9 camadas, todas elas cozidas individualmente. Só depois de uma estar cozinhada é que se passa á seguinte.

Mas está é caseira, feita por uma cozinheira de mão cheia, quer para a doçaria, quer para todo o tipo de comida indiana, quer ela seja vegetariana ou não.

Mas depois de provarem, percebem a diferença, das outras que se encontram por aí nos vários restaurantes indianos espalhados pela cidade.

Doce qb, sem se notar a farinha, facilmente se desfaz na boca com um sabor único é inconfundível. Muito, muito bom!!!

E onde é que encontramos uma pérola destas na cozinha? No The Wine Company, na Rua Barão de Sabrosa, n 286 B, junto ao Areeiro.

É uma garrafeira com todos os vinhos que imagina nem existirem, desde os grandes produtores, até aos vinhos mais exclusivos. Recomendo uma visita.

É porque quem vai buscar uma bebinca, numa loja de vinhos tem de trazer alguma coisa para acompanhar…

Desta vez, a escolha recaiu num Coelheiros, Tinto de 2017.

Um vinho alentejano, da região de Arraiolos, muito bom, encorpado, como todos os bons vinhos alentejanos, produzido na Herdade de Coelheiros, uma empresa familiar, criada em 1981.

É um vinho com 14 graus de teor alcóolico, com um aroma frutado, resultado da combinação de duas castas, a Aragonez e a Alicante Bouschet, que estagiam 12 meses em barricas de carvalho francês.

Resultado, um aroma frutado, com notas de pimenta e com uma acidez prolongada.

Um bom vinho para acompanhar uma boa refeição, por um preço justo (10,95€).

Quanto à bebinca, custa 35 € e dá para 8 gulosos à vontade, mesmo repetindo, como eu…

Aproveitem a vida, comam e bebam bem, que a vida são dois dias!!!

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