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influencers

Com o aparecimento das redes sociais, naturalmente aparecem outros fenómenos decorrentes da utilização das mesmas.

Desta vez decidi debruçar-me nos “influencers”, que mal traduzido para português, quer dizer líderes de opinião.

E o que precisas ser, ou ter, para seres um “influencer “??? Nada!!! Ou melhor, seguidores ou likes. Não precisas de ter uma capacidade onde sejas admirado, nem precisas de te destacar em nenhuma área política, desportiva, cultural, ou outra…nada!

Só precisas de dizer umas baboseiras, ou meia dúzia de lugares comuns, “et voilá”, parabéns, já és um(a) influencer.

É claro que não podemos generalizar tudo e todos! Alguns ou algumas, tem de facto algo a acrescentar, mas de quase todos(as) as que conheço, apenas mostram aos seguidores, o seu dia-a-dia, mostrando muitas vezes a sua privacidade e ás vezes, a sua intimidade.

Talvez seja o gosto pelo “vouyeirismo” tão de agrado dos portugueses, que faz o sucesso de programas como o “Big Brother” e outros do género, e agora, o fenómeno dos “influencers”.

Mas o que ganham os que fazem das redes sociais, a sua profissão?

Atendendo á dimensão do nosso País, e a sua pequena população, só mesmo os maiores (com mais seguidores) podem ganhar algum dinheiro, mas a maior parte, não retira nenhum rendimento direto.

No entanto, as marcas, acharam aqui um nicho de captação de clientes, não nas parcerias remuneradas ( muitos poucos terão) mas na oferta de produtos em troca de os mostrarem aos seus seguidores e com isso, poderem vender algumas coisas.

No entanto, e se analisarmos, e se seguirmos estas pessoas, tornam-se “oferto-dependentes”, chegando ao ponto de habilmente sugerirem, as próximas ofertas que gostariam de receber, quer através de perguntas, quer através de mensagens subliminares.

O que mais me intriga, é que estás pessoas estão a dar a sua imagem em troco de umas prendas que não custam mais do que meia-dúzia de euros, seja através da oferta de um estojo de pintura (para as senhoras) seja através de um hambúrguer ou uma pizza.

Ou seja, trocam a sua “influência “ por pequenas ofertas, sempre acompanhadas por um cartão muito “fofinho”.

E que tal, começarem a receber por esse trabalho? Eu sei que nestes tempos de pandemia, temos de ser solidários e ajudar as marcas nacionais, e os empreendedores, mas este fenómeno não é de agora…

Amigos influenciadores, não ofereçam a vossa imagem a troco de “nada”, façam-se valer mesmo da vossa influência, sobretudo para o vosso bem.

Enfim…novos tempos, novas realidades.

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