Fermentage a nova cerveja de Marvila
Foi no passado sábado que fomos recebidos na nova cervejeira de Marvila.
O espaço não é novo, estão instalados na antiga Lince, que agora se chama Fermentage.
Para alem da conversa tivemos tempo para provar o que se vai produzir.
Sentimos um brilho gigante dos olhos de Francisco Campino e Jorge Tomé, dois dos donos desta nova Fermentage.
O que vai acontecer à lince?
A Lince sai de cena e dá lugar à Fermentage. Dia 12 de Junho é a última oportunidade de saudar a marca de Marvila.
Dia 1 de Julho marca o início, com direito a festa de inauguração, da Fermentage.
Agora nasce a Fermentage.
O que vai ser em concreto?
Uma celebração de fermentações, cerveja ao centro.
Complementada com outras bebidas e comidas deste mundo microbiológico que nos rodeia.
Produção de cerveja no local, com aposta no contraste entre estilos clássicos e contemporâneos envolvidos numa teia de criatividade que traz sabores e experiências únicas.
Como vai ser o local?
Uma segunda casa.
Caras conhecidas atrás do balcão.
Amizade e partilha.
Jogos de tabuleiro e máquinas de arcada.
Conversas ao balcão ou na esplanada.
Livros e leituras ou gargalhadas e perguntas de cultura geral.
Um espaço vivo, que oferece vida e energiza quem visita.
O que se vai poder beber?
Cerveja, Vinho, Sidra e Café de especialidade na primeira.
Com o tempo pretendemos alargar e dar a conhecer outras bebidas que nos servem como inspiração.
O que se vai poder comer?
Comida despretensiosa para partilhar sem deixar para trás um cunho único.
Fermentações dominam o menu, os nomes e termos podem assustar a uma primeira vista mas oferecem consenso na primeira dentada.
Rotação sazonal do menu conforme a vontade do cozinheiro.
Como vai ser a decoração?
Vamos evocar memórias dos anos 90, tons pastel em cores frescas e alegres.
Uma mascote que celebra a socialização rodeada de cerveja.
Também o espaço respira e transpira contraste, entre notas industriais e apontamentos modernos minimalistas.
O público será muito diferente do público da Lince?
Criar uma marca traz sempre desafios.
O paradigma vai mudar mas não olhamos a géneros ou grupos.
Aceitamos todos de forma igual, sendo sempre fiéis a nós mesmos.
Daremos o nosso melhor para criar um espaço memorável.
Há uma preocupação animal neste espaço, de que forma?
Um espaço pet-friendly, amigo dos animais.
A Lince carregou o repto da proteção de uma espécie em vias de extinção e não queremos deixar esse trabalho para trás.
Para já trabalhamos com a Associação Animais de Rua, que controla colónias de animais de rua, onde realizamos eventos de angariação e sensibilização activa a um problema da sociedade, muitas vezes ignorado.
Como vão ser as cervejas?
De copo cheio, cervejas que privilegiam o baixo teor alcoólico.
Cerveja como lubrificante social.
Pelo meio do clássico aparecem umas ideias arrojadas, cervejas com fruta ou chocolate ou até cervejas fumadas.
Ficando sempre a garantia de encontrar uma cerveja que seja do agrado de quem a pede – “não gosto de cerveja” só é dito por quem ainda não descobriu a cerveja certa.
Quem é a nova equipa?
Francisco Campino
Jorge Tomé
Nuno Dias
Paulo Custódio
Sabiam alguma coisa de cerveja?
Mais de 10 anos acumulados em fábricas de cerveja.
É uma equipa de peso, de renome em Portugal e internacional.
Trazemos conhecimentos em produção, desenvolvimento, engenharia e comercialização.
Agora é dar uso a todos esses anos para traduzir a nossa visão em acções.
A fabrica mante-se no local?
Sim, mantemos o equipamento de 500 litros de produção, com algumas intervenções técnicas.
As primeiras cervejas já lá foram produzidas, e em breve começamos a estender a oferta.