SER
Na filosofia, SER significa tudo o que existe.
No dicionário, SER é tudo o que exprime a realidade.
Mas as músicas da banda SER fazem-nos querer aprofundar um pouco mais estes conceitos.
Ouvi-los faz-nos viajar para dentro. Olhar cada recanto nosso. Faz-nos vasculhar o nosso quintal interior.
Levantar pedras e espreitar o que lá ficou. Remexer. Repensar. Refletir. E relembrar que se é para SER é com tudo o que é nosso.
A banda SER nasce em 2017, em Lisboa.
Seguem um estilo de rock alternativo, que nos faz viajar por referências como Jeff Buckley, Depeche Mode ou U2.
Cantam em português, têm uma sonoridade própria e as letras expressam bem as experiências de vida de cada um de nós.
Mas acima de tudo, o que fica depois de os escutar atentamente é a importância que dão às pequenas coisas, as mais simples da vida.
Desde o cuidado na estética do álbum, aos acordes, passando claro pela voz, que ora doce ora poderosa, parece estar sempre a abraçar-nos enquanto nos perdemos nas mais variadas emoções.
Esta foi mais uma banda que se manteve firme durante a pandemia, e que aproveitou os tempos difíceis do confinamento para aprofundar a sua união.
Talvez por isso, seja fácil reconhecer princípios de família entre eles.
Uma espécie de representação da tríade corpo, alma e espírito.
Foi bom descobrir esta banda e perceber que ainda importa deixar falar o coração.
Confesso que algumas músicas conseguiram lembrar-me dos valores que vivem em nós mas, às vezes, camuflados.
E da importância de preservar as diretrizes que queremos passar à geração seguinte.
Em músicas como ” Estranha Paz” ou “Valsa de curto pé“, fica a sensação que ainda há quem ouse viver.
Quem se permita sentir. com a certeza que a nossa essência, tudo o que é genuinamente nosso, partilha-se, propaga-se e nunca deixa de existir.
Vale a pena SER inteiro, SER verdade.