“O Nosso Agente em Havana” de Graham Greene
Sou completamente viciado no meu leitor de livros digitais.
A televisão deixou de ser a minha companhia habitual, e agora passo os serões a ler. Em média, consigo terminar um romance por semana. Tem sido uma experiência incrível, não só porque me sinto mais feliz, mas também porque estou a descobrir autores que desconhecia por completo.
Tenho o hábito de alternar entre um clássico e um autor novo. Desta vez, aproveitando a Black Friday, comprei para o meu Kobo uma obra de um autor que considero um clássico, mas que nunca tinha ouvido falar: Graham Greene.
Greene foi um jornalista e escritor britânico com uma obra vastíssima que, até agora, me tinha passado ao lado. Decidi começar com O Nosso Agente em Havana, uma verdadeira sátira ao universo dos livros de espionagem.
A narrativa transporta-nos para uma Cuba pré-revolução de Fidel Castro, uma época em que a cultura americana era predominante. O protagonista é um simples vendedor de aspiradores que, inesperadamente, é recrutado para ser espião britânico em Havana. Contudo, ele decide começar a inventar factos e relatórios fictícios para justificar a sua “atividade” como espião.
É um livro divertido, leve, mas repleto de camadas, e escrito com uma técnica jornalística impressionante. A semana passou num instante com esta leitura envolvente e cheia de humor.
Gostei tanto que fiquei com vontade de explorar mais obras deste autor.