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A fronteira entre a realidade e o teatro

É tão bom entrar numa sala e sentir que está cheia, com gente empolgada e interessada!

Tem se falado muito na falta de público e no desinteresse das pessoas no teatro.

Não foi o que senti no dia de estreia de “O Teatro Ambulante Chopalovitch”.

Nunca tinha ouvido falar neste dramaturgo sérvio Lioubomir Simovitch.

A trama acontece nos anos 40, a meio da segunda Grande Guerra, quando uma companhia ambulante tenta apresentar os seus espetáculos.

Um país devastado com uma guerra, sem apetência para as artes.

Olhando para a classe dos artistas como um bando de marginais.

Será que este texto tem alguma atualidade? Fará sentido falar numa guerra que não vivemos?

No fundo este espetáculo pretende validar a existência do teatro.

Mesmo numa altura de crise onde falta comida, onde há vários conflitos, a importância do teatro é gigante, como catalisador de mudanças de comportamentos.

Jorge Silva faz uma encenação competente, onde o ritmo da ação é permanente.

Muito provavelmente será a maior produção feita pela companhia de Teatro dos Aloés, com 16 atores em palco.

A transição de cenas é feita pelos atores dando ao momento uma leveza ao olhar.

Este espetáculo é feito sobretudo para o meio teatral.

Um espetador comum não vai entender algumas referências aos grandes textos clássicos como por exemplo “Dom Quixote de La Mancha”.

Foi uma noite de sábado bem passada.

Vim para casa satisfeito.

Que bom ver uma produção tão grande e com a sala cheia!

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