Petra Van Kant
A longa-metragem original, exibida há exatamente 50 anos na disputa pelo Urso de Ouro, Margit Carstensen era Petra, uma estilista de renome.
No auge da fama, ela apaixonava-se por Karin, interpretada por Hanna Schygulla e era consolada pela sua secretária, Marlene interpretada por Irmã Hermann. Tudo a volta do amor lésbico.
Agora, nesta nova versão de Ozon, Kant é um realizador vivido por Denis Ménochet, que tem uma quase-aliada na cantora e atriz Sidonie interpretada por Isabelle Adjani a quem deve gratidão pelo passado.
Mas a chegada de um rapaz sedutor trazido por ela vai mexer com os brios de Kant e desafiar a sua razão.
Adaptado do filme As Lágrimas Amargas de Petra von Kant, de Rainer Werner Fassbinder, Francois Ozon, oferece-nos um filme de grande intensidade e que nos deixa até um pouco indispostos
Um elenco impressionante escolhido agora pelo realizador Ozon.
Desde Denis Ménochet enquanto artista torturado, a destemida Isabelle Adjani, um surpreendentemente expressivo Stéfan Crépon como assistente fiel e dedicado ao extremo, ao talentoso Khalil Gharbia, que interpreta o cruel Amir, um jovem a procura de fama.
A história deste filme roda a volta de personagens masculinos.
É um trabalho maduro de um cineasta que tem uma assinatura de autor , sempre ligada ao desejo carnal. Filme passado entre portas, violento mas angustiante.