Baywatch
Praia, comer e dormir!
Palavras boas quando se está a passar uns dias numa casa de praia.
A praia do Meco é boa, mas o mar é perigoso.
Ondas altas, vento e um fundão logo que se põe o pé na água.
Alugando um toldo 15€ por dia, temos direito a uma garrafa de água e a uma cadeira que nos serve de berço.
Para nos proteger de algum acidente há os nadadores-salvadores que estão confinados numa pequena área da areia onde tem a sua vida organizada durante 10h.
Estão rodeados de material de socorro, de colunas de música de discoteca e de camisolas com gorro e t-shirt de manga curta, conforme está o tempo.
São brasileiros, musculados e dançam enquanto ouvem a música.
Estão queimados e alguns exibem-se com orgulho.
Estão vestidos de amarelo e vermelho e usam os chapéus de abas giros amarelos, com a bandeira portuguesa.
Bem bonitos.
Percorrem devagar a praia com a boia torpedo salvadora a tira colo e conversam, no sistema de comunicação próprio com os colegas das praias ao lado.
As conversas são sobre bum-bum das meninas que passam por eles e também ouvi falar com graça, sobre nós portugueses.
Somos complicados e fazemos uma tempestade num copo de água acham eles.
Parece-me um trabalho duro, mas imprescindível.
A praia fica mais sossegada com eles a trabalhar.
Estão todos ligados ao Instituto de Socorro a Náufragos (ISN), com curso e reciclagem feitos.
Quando acabar o verão para onde irão?