Mia Couto “O Mapeador de Ausências”
Não entendo como é que este escritor ainda não ganhou o prémio nobel?
Que talento.
Mia Couto tem uma forma de escrita única, tudo é bonito, a narrativa é poética.
Cada linha tem uma profundidade para alem das palavras que estão escritas.
Um verdadeiro criador de histórias.
Em 2020 o autor conta a vida de um poeta que procura resolver os seus problemas emocionais fazendo uma viagem ao passado, e por isso regressa a Moçambique para reconstruir a memoria do passado!
Um menino branco cresce no meio de uma guerra infernal.
Os colonos invasores são muito mal tratados nesta obra de Mia Couto, um verdadeiro desespero a forma como os portugueses fazem a guerra!
O partido comunista da altura também não fica bem na fotografia.
Do pai recorda o que viveu com ele em duas viagens ao local de terríveis massacres cometidos pela tropa colonial e a sua perseguição e prisão pela PIDE.
Não há bons nem maus neste romance, há as palavras geniais de Mia Couto.
Para ler devagar e a sentir o que o autor quer dizer com as subtilezas da sua escrita.