A filha perdida
Elena Ferrante é o pseudônimo de uma romancista italiana cuja verdadeira identidade é desconhecida do público.
É autora de diversos livros, entre eles A amiga Genial, que a consagrou definitivamente como uma das mais importantes escritoras da atualidade.
Ela concede poucas entrevistas todas elas por escrito e sempre por intermédio das editoras.
Optou pelo anonimato para escrever a vontade e não quer ser figura pública.
Tem uma legião de fãs enorme e vende que se farta.
As mulheres são o seu público preferido.
Agora estreou o filme baseado num livro dela, A Filha Perdida que descreve uma professora universitária de meia-idade que se encontra de férias na Grécia.
Sozinha, passa o tempo a observar as pessoas à volta, distraidamente, até se tornar quase obsessivamente interessada por uma jovem mãe e a sua filha pequena.
O filme conta então, a história de uma mãe que deixou as filhas com o pai, esmagada pelo peso da maternidade.
A protagonista não é apresentada como vítima: é uma mulher cuja maternidade lhe limitou o corpo, o sono, a carreira académica, as oportunidades de emprego, a sua identidade ou sensualidade. É uma mãe.
Esta mulher nunca fala em arrependimento, por ter tido, ou por ter deixado, as filhas.
Ao mesmo tempo, também não se sente culpa, nem felicidade ou alívio, nesta personagem.
Apesar de todos nós a poderem considerar egoísta ou emocionalmente distante, ela é retratada como uma pessoa que não é má.
O filme perturba e é feito para se sair da sala e fugir.
Um drama psicológico que me deixou mal disposta.
Realizado por Maggie Gyllenhaal e protagonizado por Olivia Colman e também com Jessie Buckley, Dakota Johnson, Peter Sarsgaard e Ed Harris a assumirem as personagens secundárias, o filme foi muito bem recebido pelo público e pela crítica, e foi nomeado para os Globos de Ouro de realização.
Vão ver e digam-me a vossa opinião.