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Albert Camus

O escritor Albert Camus, com a sua linguagem simples e assertiva, sempre me suscitou   alguma inquietação e admiração.

Recomendá-lo é praticamente um dever.

Albert Camus nasceu em Mondovi, na Argélia em 1913.

Licenciado em Filosofia, participou na Resistência francesa durante a Segunda Guerra Mundial e foi um dos fundadores do jornal de esquerda O combate.

 Em 1957 recebeu o Prémio Nobel da Literatura pelo conjunto de uma obra que o afirmou como um dos grandes pensadores do século XX.

 Escreveu como ensaio O Mito de Sisifo e o Homem Revoltado.

Na ficção, são maravilhosos  os seus livros: O Estrangeiro e a Peste. 

 A 4 de janeiro de 1960, Camus morreu num acidente de viação perto de Sens. Na sua mala levava inacabado o manuscrito de O Primeiro Homem um texto autobiográfico .

Conferências e Discursos saiu agora  este livro que reúne os trinta e quatro textos de que há registo proferidos publicamente por Albert Camus. 

Com exceção da reflexão sobre «a nova cultura mediterrânica», de 1937, todas estas comunicações foram realizadas no pós-guerra, resultado de solicitações que se foram multiplicando à medida que crescia a notoriedade do escritor e a vontade de ouvir o seu ponto de vista sobre as mudanças mundiais em marcha.

Convicto da necessidade de «transformar o ódio em desejo de justiça», Camus relata  nos seus discursos um apelo para combater a infelicidade do mundo através de uma união fraterna entre os povos, sendo que a cada indivíduo caberá a sua parte, inclusive ao escritor. 

Este  conjunto das suas palavras públicas é agora, pela primeira vez, publicado em Portugal pela Editora  livros do Brasil. Para ler devagar sem pressa e depois pensar. Belo livro.

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