A casa do tio tenente - Coisas Boas em Alta

Perfeito para quem busca o total isolamento: pouca rede de telemóvel, um Wi-Fi que tem momentos bons e outros em que é melhor esquecer.

Barulho? Zero.

Paisagem beirã típica com montes e vales. E, sem quase nada em redor.

Já agora, para lá chegar é o cabo dos trabalhos, porque o GPS quase se perde, sendo que o caminho mais fácil para lá chegar é atravessar boa parte do Parque Eólico da Sertã.

Ali chegado e após mil e uma curvas pela serra vemos um belo imóvel revestido a pedra de xisto e com muita história: foi construído no séc. XIX por José Alves Pereira, que seria tenente do exército português na I Guerra Mundial (daí a origem do nome dado pelas gentes da aldeia).

Sem filhos, mas com nove irmãos, a herança de José Alves Pereira seria dividida pelos sobrinhos e esteve ao abandono até uma das suas herdeiras o adquirir na totalidade e o recuperar.

Chega de história porque, no presente, para além da dificuldade em lá chegar de carro ainda temos pela frente um apreciável número de degraus para subir até entrar numa grande sala, que serve de cozinha e de salão.

Mais uma lance de escadas e entramos num grande quarto de casal que, a exemplo de toda a casa é forrado em madeira de pinho, quer no soalho, quer em paredes e tectos.

Bonito e até parece que estamos num chalet suíço.

Um quarto grande, bem grande, aliás. Com dois aspectos contra: primeiro uma televisão minúscula colocada a quase dois metros de altura, que inviabiliza ver em condições (e ler legendas) de um filme ou série.

O segundo contra é não existir qualquer divisão entre a zona de casa de banho (sanita, incluída) e a restante área. Eu, pelo menos não gosto.