Mais um espetáculo no Meridional
Voltei mais uma vez à Rua do Açúcar 64, Bêco da Mitra, onde está sediado o Teatro Meridional, que eu estimo, para ver um espetáculo que se chama Teoria da Relatividade de um autor que não conhecia, Rui Xerez de Sousa, mas cujo nome não vou esquecer e vou estar atento.
E fui ver o espetáculo de que não tinha referências, porque o Meridional me inspira confiança.
Um Teatro fundado em 1992 que já fez 63 criações e acolhe sempre outras companhias, enquanto percorre o País de Norte a Sul e Ilhas ou exibindo o seu trabalho ainda no estrangeiro. Tendo já visitado 20 diferentes países, distinguido 34 vezes a nível nacional e 11 a nível internacional, impõe respeito.
Não vos vou contar a história porque não vos quero tirar as emoções e perturbações por que passei.
Posso apenas dizer que “uma autora de contos infantis é acusada de ter escrito uma sátira política encapotada”.
Tudo o que digo está na folha de sala donde posso tirar citações como: “atualmente, a mentira chama-se utilitarismo, ordem social, senso prático; disfarçou-se nestes nomes, julgando assim passar incógnita” Teixeira de Pascoaes.
Ou ainda “ A arte não soluciona, é sabido, antes convoca o espectador para a inquietação da solução” Carlos Pessoa.
E não digo mais nada, salvo que voltei de boleia e deixaram-me em frente de casa e quando saí do carro não sabia bem onde estava. Não conseguia deixar de pensar no que acabara de ver.
Quero dizer também que o espectáculo vai estar em cena só até 6 de Junho e já há casas esgotadas.
O telefone de reservas e informações é 91 999 12 13.
Não percam. E acreditem que é a primeira vez que faço uma recomendação escrita.