João Caetano no Maria Matos
Confesso ter chegado tarde a João Caetano e ao seu universo muito pessoal e original, esta espécie de música tradicional-pop-fado por um homem com um currículo invejável que se apresenta na frente do palco com a voz e os seus dois bombos e acompanhado por músicos do melhor que há, com guitarra portuguesa (Rui Poço), acordeão (Inês Vaz), viola (Bernardo Viana) e baixo elétrico (Rui Pedro Pitty), a que juntou outra guitarra portuguesa (André Dias) e trompete (Gileno Santana).
Na sua primeira vez no Teatro Maria Matos, com o pretexto de promover o novo EP “Cada Vez Mais”, cantou originais, muitos com letra do malogrado amigo Paulo Abreu de Lima, passou por José Afonso e Vitorino, foi ao Brasil de Vinícius & Toquinho e não esqueceu clássicos como “Loucura (Sou do Fado)”.
Uma plateia repleta de familiares, amigos e artistas (por exemplo, Dino d’Santiago, Rui Veloso, Diana Castro, Latte, Luar, Mimi Froes ou Héber Marques, o que atesta bem a qualidade e cumplicidade do arista…) a testemunharem e a aplaudirem alguém que, infelizmente, para a esmagadora maioria dos portugueses, é um perfeito desconhecido.
Vamos mudar isso?
João Caetano nasceu em Macau , filho de pais portugueses, é multi-instrumentista e produtor.
Pertence a uma famosa banda britânica de Jazz-Funk, os Incognito e já trabalhou com grande nomes internacionais como Chaka Khan, Mario Biondi, Anastasia, Leona Lewis, ou Jessie J e nacionais como Rui Veloso, Tatanka, Jorge Fernando ou Dino D’Santiago e Slow J, de quem é atualmente Diretor Artístico, Musical e percussionista.
Está na hora de acordar e fazer João Caetano chegar ao público. E que o sonho do Coliseu dos Recreios se concretize!