Patrícia Matos “Segredos de Liderança”
Sou grande fã da Patrícia Matos, comunicadora, jornalista atualmente é adjunta da ministra da agricultura.
Foi Diretora de Inovação do Grupo Global Media e Coordenadora de Comunicação do deputado Francisco Guerreiro (Verdes/ Aliança Livre Europeia) no Parlamento Europeu
Agora chega ao mercado um novo livro “Segredos de Liderança”
Motivo para uma conversa muito animada
Que livro é este?
Este é um livro para todas as pessoas, para que possam, de forma simples e eficaz, perceber o que é liderança, a palavra da moda. Liderança é uma palavra com um sentido muito importante. Além de ser vasto, naturalmente. Liderança está em todo o lado, presente em todas as situações da vida e nem sempre estamos atentos. por testemunhar tantas dessas realidades é que percebi que teria de contar muitas histórias, era importante que esses exemplos chegassem as pessoas e ainda que ficassem para a eternidade. É esse o meu sentido de missão, que também apliquei aqui. Acredito que é possível melhorar a vida das pessoas e estes exemplos podem fazê-lo, eu fui apenas o canal.
O que caracteriza um bom líder?
Várias coisas, mas, para mim e do que percebi, há coisas essenciais: uma boa comunicação, inteligência emocional, humanismo, proximidade, capacidade de mobilização e capacidade de ‘fazer sonhar’. A pandemia, as diversas crises tornaram as pessoas descrentes. É preciso mostrar, de novo, que os sonhos são alcançáveis e que faz sentido trabalhar com um sentido comum.
Um bom líder pode ter uma má equipa e não se notar?
Poder, pode. Um bom líder vai sempre ter a capacidade de fazer de uma equipa, uma boa equipa. Terá sempre a capacidade de ‘aproveitar’ o melhor de cada pessoa e, assim, moldar as equipas.
Desta investigação e das várias entrevistas que fizeste quais foram as grandes conclusões?
Descobri, ou melhor, confirmei que os grandes líderes também improvisam, também erram e adaptam-se. E descobri que o assumem, sem reservas. Que refectem sobre tudo o que os rodeia e que fazem aquilo que outros não quiseram fazer. Têm uma capacidade de trabalho inigualável.
HÁ bons líderes em Portugal?
Há excelentes líderes em Portugal. O nosso país está cheio de pessoas inspiradoras, pessoas boas que fazem a diferença na vida das outras pessoas, pessoas com percursos notáveis, ímpares, de grande sucesso. Gosto, principalmente, dos líderes que chamo de improváveis, aqueles que são conhecidos apenas nas organizações, que são, muitas vezes, chefias intermédias, de quem ninguém desconfia. Esses, que estão perto de todos são os mais importantes.
Algum segredo que ficou por revelar no livro?
Ficou por revelar o lado dos liderados, que é uma parte muito, muito importante. No fundo, é a prova da eficácia dessas pessoas. Saber como cada pessoa assimila o que lhe foi transmitido, de que forma é que a sua vida mudou com aquela liderança. No futuro, quem sabe, com outro modelo de livro, com outras ideias.
Quais foram os critérios para a escolha dos entrevistados?
Os líderes entrevistados- uns mais declarados do que outros- foram escolhidos pela admiração que recolhem junto dos seus liderados. acima de tudo, esse
reconhecimento, mas, também, o meu reconhecimento enquanto membro da sociedade que olho para estas 10 pessoas como extraordinários exemplos de resistência, resiliência e adaptação. todos, sem excepção.
Porque foi que decidiste sair da televisão?
Saí da televisão numa altura em que estava com graves problemas de saúde e achei importante estar mais tranquila e resguardada, estabilizar.
Por outro lado, também tive muita vontade de perceber se seria feliz a fazer algo diferente, ainda que dentro da área, e a pôr em prática tudo o que aprendi ao longo da vida.
Tens vontade de voltar ou é algo arrumado na tua vida?
Arrumado? Nem pensar.
A vida é longa e dá tantas voltas.
E… devemos sempre voltar aos ‘lugares’ onde fomos felizes.
Não ponho nada de parte, a vida é demasiado curta para isso.