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Restaurante Chinês em Chelas

GENUÍNO SIM, MAS CARO

Há um ponto prévio a esta critica, já que como diz o ditado: “quem não sabe é como quem não vê”.

Vamos lá a explicar. Chegados ao Restaurante Chinês (não há engano porque é assim mesmo que se chama), em Chelas não muito longe de um entreposto de mercadorias chinesas foi-nos, quase de imediato, servido um prato com sementes, que pareciam ser de uma espécie de abobora.

E, como seria de esperar dois de nós começamos, imediatamente, a comer as ditas (com casca e tudo).

Só que as sementes seriam de outra coisa, que não de abobora, já que apenas o recheio era comestível.

Bem avisado andou o terceiro elemento da equipa, que esperou (para ver como faziam os restantes chineses das mesas em volta) para as comer.

Nada de grave para quem já comeu espetada de gafanhotos.


Ligado a esta cena vem o segundo ponto desta espécie de critica.

Sem qualquer vestígio de xenofobia, por momentos julguei ter regressado por momentos a Pequim, onde estive à largos anos.

A decoração, a TV com a lista de musicas (em chinês), os néon, as mesas em redor todas ocupadas por casais, jovens ou crianças chinesas.

Nem faltavam as típicas salas privadas dos restaurantes orientais ocupadas por chineses, claro!

Só mais uma curiosidade a empregada que começou por nos atender não falava português e a ementa estava apenas escrita na língua de Confúcio o que, claramente, nos complicava a escolha.

Para nossa sorte, chegou um rapaz (no final fiquei sem perceber se trabalhava no restaurante ou era um conviva da mesa ao lado), que se prestou a traduzir a citada ementa.


Começou bem: nos pratos do dia estava uma sopa de sapo à qual torcemos o nariz.

Adiante. Já a escolha das entradas recaiu nuns amendoins torrados e, depois cozidos que, estranhamente, estavam muitos bons.

Veio, em seguida uma carne de vaca estufada, bastante boa e, logo uma massa chow min deliciosa.

Depois, à mesa chegou o melhor da noite: um entrecosto agridoce, muito bem temperado e confeccionado.

A fechar, umas pequenas espetadas de borrego (óptimas) e umas de vaca (razoáveis).

A acompanhar vinhos nacionais e cerveja (Tsintao, claro).
Já o disse, mas volto a salientar que o ambiente era genuinamente chinês, já o preço foi mais parecido com o norte da Europa.

E, por isso e só por isso não voltarei. Mas vale a pena a experiência pelo que se quiserem arriscar é só ir até à Rua Engenheiro Ferreira Dias, Lote 1.

Não tem nada que enganar, porque ao lado dos caracteres chineses está bem visível na língua de Camões a frase: Restaurante Chinês.

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