Gisela João canta Abril no Teatro Tivoli
Alguém que pegue num dicionário de sinónimos e poste aqui tudo o que corresponda a sublime, fantástico, divinal e por aí fora que ainda estou de queixo caído e pele de galinha com o espetáculo de Gisela João na noite de 25 de Abril.
Num cenário todo branco, ela própria qual anjo com pés descalços num baloiço rodeado de cravos vermelhos, assim cantou, muitas vezes sentada no chão ou deitada, com aquele vozeirão e com o que lhe vinha do fundo da alma, acompanhada por apenas dois músicos (um, em viola e guitarra elétrica e outro a manobrar as teclas e os sintetizadores.)
A verdade é que esta mulher é do caraças!! Abençoada! E sorte a nossa que ela é nossa!
Apetece muito agradecer-lhe por uma noite linda: obrigado, Gisela João por quereres sempre ir mais além e fazer diferente nesse misto de génio com saudável loucura, que nos torna privilegiados em ter uma artista desta dimensão e que fez o que fez com canções de Abril, maioritariamente de José Afonso, com uma piscadela de olho a Sérgio Godinho e José Mário Branco e um “E Depois do Adeus” como nunca se viu nem ouviu, que até Paulo de Carvalho, seguramente, aplaudiria de pé.
Uma vénia, sff!