Coisas Boas em Alta
Gastronomia em Alta

Talego, um saco de pão afrodisíaco.

Num dia quente de verão acabei por ir almoçar às Amoreiras ao Restaurante Talego (típico saco de pão Alentejano) uma bela sopa de cação, e fiquei apaixonado por aquela casa, após um “orgasmo” gastronómico.

Logo após a primeira colherada naquela sopa, entrei em delírio, fechei os olhos e imaginei o seguinte:
Encontravam-se dois amantes apaixonados num cenário íntimo e acolhedor naquela esplanada bem arejada.

O aroma sedutor da cozinha pairava no ar, enquanto um delicado som dos clientes a comunicar à mesa, preenchia o ambiente.

Na mesa, um prato fumegante de sopa de cação com pão fatiado, aguardava para ser degustada.

Os olhares cúmplices dos amantes revelavam a excitação compartilhada.

Os dedos delicados dela brincavam com o bordo da tigela, enquanto os olhos dele a devoravam com desejo.

A sopa, viscosa e tentadora, convidava-os a mergulhar num prazer sensorial único.

Com um movimento gracioso, ela mergulhou a colher no caldo dourado e deixou que escorresse lentamente de volta, criando um trilho brilhante.

O caldo, quente e reconfortante, era um convite para os sentidos.

Cada gota que caía do utensílio era como um beijo na pele, despertando sensações que se espalhavam por todo o corpo.

Os sabores intensos do mar, misturados com o sabor que emanava das especiarias do caldo, dançavam na língua de ambos.

Os coentros frescos, cuidadosamente picados, traziam um toque de frescura e requinte, acentuando a paixão que os unia.

Numa coreografia sensual, os amantes aproximaram as colheres, encontrando-se num momento íntimo de partilha.

Os lábios roçaram-se suavemente ao saborearem a sopa, misturando os sabores numa sinfonia de prazer. O líquido escorregadio e saboroso deslizava pela garganta, aquecendo-os por dentro e alimentando o fogo que ardia entre eles.

Cada colherada de pão mergulhado no caldo revelava uma textura macia, contrastando com a suavidade da sopa.

O pão, como uma metáfora do amor, absorvia o líquido, tornando-se uma extensão do próprio desejo partilhado.

Os amantes alimentavam-se mutuamente, trocando olhares intensos e sorrisos maliciosos que revelavam a promessa de uma noite repleta de prazer.

Enquanto os corpos se aproximavam, a sopa de cação com pão tornava-se mais do que uma refeição; era uma experiência sensorial que unia os amantes num êxtase de prazer compartilhado.

Cada colherada era uma expressão do amor que sentiam, ampliando a intimidade que existia entre eles.

E assim, entre suspiros e gemidos sussurrados, os amantes desfrutaram daquela sopa afrodisíaca, saboreando cada momento como se fosse o ultimo vivido por ambos.

Eis que de repente fiquei molhado com um cubo de gelo da minha água que me caiu na perna, olhei para o lado e afinal estava só a delirar com o calor alentejano em Lisboa e com aquela sopa magnífica.

Um atendimento bem simpático por alentejanos bem acelerados.
Preço por pessoa 12 €
Imperdível

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