Coisas Boas em Alta
Histórias em Alta

Joana Vasconcelos

A mais conhecida criadora portuguesa de arte contemporânea, nasceu em Paris em 1971.

Direta e informal, gosta de comentar as críticas, assume-se marxista e revela o gosto pela astrologia.

Tem uma imensa obra que não nos deixam indiferentes e são obras provocadoras grandes e luminosas.

Uma das mais provocantes é a deslumbrante “Noiva”. Reconhecível à distância, um imponente lustre exibe uma cândida cascata de pendentes brilhantes.

Mais próximos, surpreendemo-nos.

Os milhares de pendentes, que julgávamos vidros ou cristais brilhantes, são afinal imaculados tampões higiénicos femininos.

Compreendemos agora que o brilho resulta dos reflexos sobre os plásticos transparentes que envolvem os milhares de tampões d’A Noiva. Esta obra foi impedida de ser exibida no Palácio de Versailles por ser feita de tampões.

Eu quando vi a obra a entrada da Exposição do Museu Berardo fiquei de boca aberta.

Pessoalmente, se não conhecesse a história, nem sequer me aperceberia que aqueles pequenos rolos de papel são tampões higiénicos. São 14 mil. Mas perante a beleza e grandiosidade da obra fica claro que há sempre quem censure, há sempre quem esteja disposto a tirar a liberdade ao outro. É uma obra que já correu mundo e ficou pronta em 2005. Já foi exposta em 13 exposições.

Aconselho uma visita, que tem de ser marcada previamente, ao Atelier da artista em Alcântara no Edifício Goncalves Zarco

Joana Vasconcelos

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